Oncologista Ricardo Motta defende vacinação contra o HPV
Este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres e se desenvolve nas células do colo do útero, na parte inferior do útero
Para o médico, o número de casos de câncer do colo do útero poderia ser reduzido drasticamente se a vacinação contra o HPV | Divulgação.
Reportagem de: O Diário
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil são esperados cerca de 17 mil novos casos de câncer do colo do útero a cada ano do triênio 2023-2025. Para o cirurgião e oncologista Ricardo Motta, o número de casos de câncer do colo do útero poderia ser reduzido drasticamente se a vacinação contra o HPV fosse aceita como um dos principais métodos preventivos.
“A vacina é altamente recomendada para prevenir infecções pelo vírus e reduzir o risco de câncer do colo do útero”, afirma Motta. Ainda de acordo com ele, crianças entre nove e 14 anos também podem ser beneficiadas com a vacina contra o HPV.
“É um grande avanço garantir que essas crianças não tenham HPV quando adultas e não sofram as consequências da infecção, que também podem provocar cânceres do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe. É um grande avanço garantir que essas crianças não tenham HPV quando adultas e não sofram as consequências da infecção, que também podem provocar cânceres do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe “, finaliza o oncologista.
A doença
Este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres e se desenvolve nas células do colo do útero, a parte inferior do útero que se conecta a vagina. A maioria dos cânceres do colo do útero é causada pela infecção persistente pelo vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido principalmente através do contato sexual.
A infecção pelo HPV é muito comum e, na maioria das vezes, o sistema imunológico é capaz de eliminá-lo sem causar problemas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e pode levar a alterações nas células do colo do útero que, ao longo do tempo, podem se tornar cancerosas.