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Caio Cunha fala sobre expectativa no Executivo

A “dramaticidade do óbvio” será a fórmula adotada pelo prefeito Caio Cunha (PODE) e sua equipe para surpreender e empolgar a cidade, pelo menos durante o início do novo governo.  Após os primeiros contatos com a administração e sua máquina, Caio chegou à conclusão que administrar Mogi das Cruzes não tem grandes segredos e que […]

30 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A “dramaticidade do óbvio” será a fórmula adotada pelo prefeito Caio Cunha (PODE) e sua equipe para surpreender e empolgar a cidade, pelo menos durante o início do novo governo. 

Após os primeiros contatos com a administração e sua máquina, Caio chegou à conclusão que administrar Mogi das Cruzes não tem grandes segredos e que o atual momento vivido por todos é de tal maneira diferenciado que “fazer o óbvio  e o correto já será uma grande diferença”.

Depois de dois mandatos como vereador e com a experiência obtida nesse período, na recente campanha eleitoral e na montagem às pressas de uma estrutura própria de governo, definida em tempo recorde, Caio tem uma visão muito própria sobre a gestão pública.

“A cidade é feita por pessoas e, por isso mesmo, não existe receita pronta, não há fórmula mágica para se aplicar à sua administração”, afirma ele, lembrando que, sem a solução pronta, resta ao prefeito “fazer o justo e o correto, pensando sempre nas pessoas em lugar de se preocupar com a política eleitoral, e o resultado virá sem maiores dramas”.

Pensando nisso, ele espera, nos primeiros 100 dias de administração, consolidar a sua forma de gestão, já evidenciada na escolha da equipe de governo: um grupo essencialmente técnico, mas sem perder seu aspecto humanístico no trato com as questões da comunidade.

Caio quer que, orientados por sua proposta de governo, cada secretário, em sua área de atuação seja “um case nacional de sucesso”.

Para os mogianos, o prefeito diz que poderão esperar uma “forma mais próxima e inovadora de gestão”, representada pela maneira com que cada agente público vai lidar com a máquina e com as pessoas”.

O professor e sociólogo Afonso Pola, porém, tem dúvidas sobre como o prefeito irá se comportar em relação à transparência de seu governo, após ter feito uma campanha baseada no tema. O que fará o governo além da simples criação de uma secretaria voltada para a questão. “O cidadão realmente terá acesso a toda informação de real interesse público?”- questiona Pola, que vê uma contradição de Caio no fato de haver mantido em seu governo várias pessoas da administração Marcus Melo, “desqualificada por ele em seu discurso de campanha”.

Futuro

Caio chega ao governo preocupado com os rumos da pandemia do novo coronavírus. Afinado com a Ciência, ele espera que as pessoas em geral não apenas cobrem medidas, mas que assumam suas responsabilidades diante do problema, tomando os devidos cuidados sanitários. 

Outra preocupação é com a queda na arrecadação e a ameaça de êxodo de indústrias. Por isso, quer surpreender com políticas de incentivo e apoio para reverter o processo e manter as empresas gerando receita e emprego, “que têm muito a ver com a qualidade de vida e com a nossa proposta de que o mogiano cada vez mais trabalhe em Mogi”.

Caio evita falar sobre ações mais específicas, mas há quem garanta que ele poderia surpreender a cidade cuidando, logo no início do mandato, de dois “fantasmas” que se arrastam por vários governos: a avenida Miguel Gemma e a estrada velha de Sabaúna, ambas em estado precário de conservação. Dois desafios que terão de ser encarados e vencidos por quem aposta em novos tempos para Mogi.

Sobre Caio

Aos 42 anos, ele assume a Prefeitura de Mogi com o desafio de colocar em prática o que já aprendeu nos cursos de Gestão em Redes de Computadores (UMC), Gestão de Projetos (Esalq/USP), e também na Universidade de Zurique, na Suíça, mas, principalmente, na Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS/Fundação Lemann). Eleito vereador por dois mandatos em Mogi, tendo sido o  mais votado para deputado estadual na cidade (2018), ele chegou a prefeito após vencer o adversário com 58,39% dos votos no 2º turno.

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