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Paratleta de Suzano, Evelyn buscará bicampeonato em Tóquio

A rotina de treinos intensificada e friozinho da barriga lembram Evelyn Oliveira, paratleta da bocha de Suzano, que as Paralimpíadas de Tóquio estão chegando. O sentimento já é conhecido por ela, que foi medalha de olho na competição no Rio, em 2016. A busca pelo melhor resultado conta ainda com o trabalho de uma equipe […]

2 de julho de 2021

Reportagem de: O Diário

A rotina de treinos intensificada e friozinho da barriga lembram Evelyn Oliveira, paratleta da bocha de Suzano, que as Paralimpíadas de Tóquio estão chegando. O sentimento já é conhecido por ela, que foi medalha de olho na competição no Rio, em 2016. A busca pelo melhor resultado conta ainda com o trabalho de uma equipe multidisciplinar para garantir o melhor desempenho na disputa “do outro lado do mundo”.

Mas além de toda a dedicação com o esporte, a vida que lapidou essa atleta. Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal – uma síndrome que afeta o sistema neuromuscular causando perda de força e atrofia dos membros superiores e inferiores – ela foi alfabetizada pelos pais durante a infância. Não havia estrutura escolar na rede pública para lhe atender. Os pais também não tinham condições de prover a ela uma cadeira de rodas. Mas, ela não desistiu. Entrou em uma sala de aula apenas aos 18 anos.

Era a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e levou alguns anos para conseguir o diploma. Vitoriosa.

Em 2013, entrou na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) para cursar publicidade e propaganda, com uma bolsa de estudos conquistada via o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas antes disso, o esporte já tinha entrado na sua vida.

“Eu conheci a bocha em 2010, a convite de uma professora do Sesi Suzano e, à época, eu estava vivendo o ápice da minha inclusão social, a minha oportunidade de me entende como cidadã, como pessoa e que eu poderia construir a minha história como outra pessoa qualquer. Eu tinha de 22 para 23 anos e pensei que a professora estava viajando. Mas eu acho que ela avaliava o meu perfil. Fui conhecer, fiz o teste e vi que era um esporte adaptado e eu seria a principal responsável de tudo o que acontecesse ali, então eu quis ficar para ganhar a autonomia, ter bons resultados”, disse.
Cinco anos depois veio a primeira convocação para a seleção brasileira. A disputa era a Copa América em que ela conquistou ouro na dupla de bocha. No ano seguinte, a primeira Paralimpíada, no Rio de Janeiro.

“Eu nunca tinha visto um ambiente daquela forma. Confesso que naqueles dias eu fiquei impressionada, parecia que a gente estava em um estádio de futebol. Agora vai ser um contraste, pela redução do público e que o público oriental não tem o calor do brasileiro, não é tão energético. Mas eu acredito que por estarmos acostumados a participar em clima assim, mais silencioso, não vai ser um fator negativo”, avalia.

Atualmente, Evelyn treina quatro dias durante a semana e o sábado, somado ao acompanhamento da equipe de fisioterapia, nutricionista, entre outros profissionais. A rotina é praticamente toda preenchida. Um esforço pelo esporte e para conseguir bons resultados com a camisa do Brasil.

Entre os dias 8 e 15 de julho, Evelyn participa de um intensivo de treinos no Centro Paralímpico de São Paulo e deve embarcar entre 4 e 8 de agosto para o Japão.

As Paralimpíadas de Tóquio vão de 24 de agosto a 5 de setembro

Rotina de atleta

Atualmente, Evelyn treina quatro dias durante a semana e o sábado, somado ao acompanhamento da equipe de fisioterapia, nutricionista, entre outros profissionais. A rotina é praticamente toda preenchida. Um esforço pelo esporte e para conseguir bons resultados com a camisa do Brasil.

Entre os dias 8 e 15 de julho, Evelyn participa de um intensivo de treinos no Centro Paralímpico de São Paulo e deve embarcar entre 4 e 8 de agosto para o Japão.

As Paralimpíadas de Tóquio serão realizadas entre os dia 24 de agosto a 5 de setembro, e deverão reunir atletas de diversos países, em um modelo de campeonato que terá de atender aos protocolos sanitários. Afinal, a pandemia segue como um desafio

Conquistas de Evelyn Oliveira

5 vezes campeã Paulista

4 vezes campeã Regional

3 vezes campeã Brasileira

Bicampeã dos Jogos Regionais Paralímpicos

Campeã das Américas

Campeã das Paralimpíadas do Rio 2016

Campeã do Parapan-americanos de Lima 201

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