Alesp elege presidente dia 15. André do Prado é o favorito
Está praticamente acertada a eleição do deputado estadual de Guararema, André do Prado (PL), para o cargo de presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo no biênio 2023/2024, como vem articulando, há muito tempo, o presidente nacional de seu partido, Valdemar Costa Neto, a ponto de conquistar o apoio até mesmo do governador […]
Reportagem de: O Diário
Está praticamente acertada a eleição do deputado estadual de Guararema, André do Prado (PL), para o cargo de presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo no biênio 2023/2024, como vem articulando, há muito tempo, o presidente nacional de seu partido, Valdemar Costa Neto, a ponto de conquistar o apoio até mesmo do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
A eleição de André deverá acontecer logo após a cerimônia de posse dos eleitos e reeleitos para a nova legislatura, marcada para o próximo dia 15 de março, a partir das 15 horas. Mas as articulações políticas de Costa Neto começaram há bem mais tempo, em novembro do ano passado.
No dia 18 daquele mês, num jantar em Brasília, Costa Neto acertou com Tarcísio o apoio para o candidato do partido de Jair Bolsonaro, que seria lançado para comandar a Assembleia Legislativa de São Paulo, onde o PL também havia obtido maioria. O apoio de Costa Neto a André seria um prêmio à fidelidade demonstrada pelo parlamentar ao partido e ao próprio presidente da legenda.
Costa Neto, no entanto, ainda teve de negociar dentro do próprio partido, onde a ala mais radical rejeitava apoiar André pelo fato de o deputado não ter apoiado Tarcísio no primeiro turno da eleição para governador.
Os bolsonaristas, segundo se comentava à época, preferiam o deputado Gil Diniz, que chegou à política pelas mãos do deputado Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do então presidente da República, a quem assessorou, antes de se eleger, pela primeira vez, em 2018.
O presidente do PL, no entanto, teria usado com argumento o fato de André ter mantido a palavra dada ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), à época candidato à reeleição, a quem devia tal apoio pelo atendimento de grande parte de seus pedidos durante a administração do Estado. Passado o primeiro turno, no entanto, com a derrota de seu candidato a governador, André do Prado foi levado pelas mãos de Costa Neto para manifestar o seu “incondicional apoio” à candidatura de Freitas no segundo turno, o que realmente aconteceu.
As articulações pós-segundo turno continuaram, ao ponto de André chegar como franco favorito ao pleito do próximo dia 15. Mas como do interior de urna e de cabeça de juiz, diz o velho ditado, ninguém sabe o que pode sair, é certo que o deputado e seu padrinho continuarão em ação durante os próximos dias para evitar eventuais surpresas desagradáveis na reta de chegada do pleito.
Memória – 1
Caso se confirmem o favoritismo e a eleição de André do Prado, ele será o segundo representante do Alto Tietê a ser eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O primeiro foi Francisco Franco (1908-1991), mais conhecido como Chiquito Franco, nascido em Mogi das Cruzes, um político de invejável jogo de cintura que chegou à Alesp após ter sido prefeito de Rancharia, cidade do interior de São Paulo.
Memória – 2
Deputado Estadual eleito pela legenda do Partido Republicano (PR) para a 3ª legislatura da Alesp (1955/59), reelegeu-se sucessivamente por mais três mandatos (1959/63, 1963/67 e 1967/69).
Chegou à 1ª vice-presidência (1958/59) e à presidência da Assembléia, primeiro para um breve mandato, de 18 de fevereiro a 12 de março de 1959, e, posteriormente, para dois mandatos anuais, de 12 de março de 1965 a 12 de março de 1967.
Memória – 3
Chiquito Franco acabou cassado pelo AI-5, em 1969, tendo seus direitos políticos suspensos por dez anos, o que o afastou de vez da política.
Outros deputados da região, como Estevam Galvão, Gondim Teixeira, Chico Nogueira e Junji Abe chegaram a ocupar a presidência da Alesp, mas em ocasiões esporádicas, sem terem sido eleitos para tal cargo.
Quem diria…
Após oito mandatos como deputado estadual e de ter comandado com mãos de ferro o PTB paulista, o deputado Campos Machado, que não conseguiu se reeleger em 2022, agora se tornou um emissário do PSD de Gilberto Kassab e Marco Bertaiolli, que tenta convencer prefeitos e vereadores do interior paulista a se filiarem ao partido. Os resultados de suas reuniões com políticos interioranos já começam a surtir efeito: ele conseguiu levar para o PSD os prefeitos Maria Helena Rettondim, de Monte Alto, e Ismar Freschi, da grande Sarutaiá.
Ameaça de greve
Os metalúrgicos da fábrica de autopeças da montadora General Motors, no bairro do Taboão, deram um prazo de 30 dias para a empresa melhorar o atendimento médico oferecido pela operadora de planos de saúde Sulamérica. Os trabalhadores reclamam do descredenciamento de várias clínicas, cobrança por procedimentos que eram gratuitos, entre outros problemas. A carta de greve, aprovada nesta terça (28), é um aviso de que poderá haver paralisação, caso as reivindicações não sejam atendidas. A GM vai se posicionar sobre o assunto nesta quinta (2)
Santa Casa – 1
Está em andamento a documentação para a assinatura do convênio entre o Ministério da Saúde e a Santa Casa de Mogi para liberação de recursos necessários à ampliação da unidade mogiana. Num encontro recente com a diretoria do hospital, o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), acompanhado de Edson Rogatti, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia e da Federação das Santas Casas do Estado de São Paulo, anunciou a liberação inicial de R$ 3,5 milhões, que serão liberados logo que o convênio for assinado.
Santa Casa – 2
O dinheiro está garantido, diz o deputado, por se tratar de uma emenda impositiva apresentada por ele no orçamento deste ano do governo federal. O projeto do novo prédio, que irá ocupar a área de estacionamento, ao lado do já existente, está sendo projetado com recursos de R$ 900 mil, também conseguidos pelo parlamentar. O futuro imóvel deverá reservar o térreo para atendimento ao público; o primeiro andar para o centro cirúrgico e o segundo para uma Unidade de Terapia Intensiva.