DER fala em novo projeto para concluir a duplicação da Mogi-Dutra
A seção “Pinga-Fogo”, que circula na edição impressa deste jornal, neste sábado (26), traz uma informação importante transmitida pelo presidente da Assembleia Legislativa, o deputado André do Prado (PL). Segundo ele, o DER se compromete finalizar, até julho, o novo projeto para duplicação do trecho da ligação rodoviária Mogi das Cruzes-Via Dutra, que ainda permanece […]
Reportagem de: O Diário
A seção “Pinga-Fogo”, que circula na edição impressa deste jornal, neste sábado (26), traz uma informação importante transmitida pelo presidente da Assembleia Legislativa, o deputado André do Prado (PL).
Segundo ele, o DER se compromete finalizar, até julho, o novo projeto para duplicação do trecho da ligação rodoviária Mogi das Cruzes-Via Dutra, que ainda permanece com 1,2 km de pista única, na chegada ao município de Arujá.
A notícia seria motivo para comemoração, não fosse um pequeno detalhe: esta mesma promessa já foi feita em outras vezes pelo governo do Estado, durante administrações anteriores – dos governadores João Doria e Rodrigo Garcia, ambos do PSDB – e nunca saiu do papel.
Sempre que cobrado, o órgão estadual que deveria cuidar das estradas aumentava o prazo ou dizia estar enfrentando dificuldades para concluir o desenho do novo trecho da rodovia. E nada saía dos planos. Nem o projeto e muito menos ainda as obras – que voltam a ser cobradas pelo deputado na recém-criada seção deste jornal.
Mas para entender melhor esse verdadeiro imbróglio, é preciso voltou um pouco no tempo, exatamente durante o governo de João Doria, quando o DER deu por concluída a tão esperada e reivindicada duplicação dos 7,5 finais da Mogi-Dutra (os 10 km iniciais haviam sido entregues pelo então governador Geraldo Alckmin, à época no PSDB).
A conclusão da importante obra não foi sequer comemorada pelo governo por um motivo muito simples: ela, na verdade, estava incompleta, já que no trajeto final da rodovia, no município de Arujá, a via duplicada voltava a se afunilar para pista única, numa distância de 1,2 km.
E o motivo para que isso ocorresse era, no mínimo risível: o governo que havia desapropriado dezenas de áreas para que a estrada pudesse ganhar a segunda pista, simplesmente não havia conseguido chegar a um acordo com a proprietária de uma área onde passavam pouco mais de 600 metros da rodovia.
O governo considerava muito alto o valor exigido pela dona do imóvel, a qual, por sua vez se baseava em valor apontado por uma perícia feita pela Justiça. O governo do Estado não topou brigar junto a instâncias superiores para tentar pagar o preço que achava justo.
Não houve acordo e, na pressa de entregar a obra por conta de compromissos com o banco estrangeiro que a financiara, o governo deixou tudo como estava e utilizou mais um trecho da pista para fazer uma área de aproximação para abrandar o afunilamento da pista, que ficou em 1,2 km.
Quando este jornal denunciou o fato, imediatamente, diretores do DER fizeram questão de comparecer à redação de O Diário para informar que seriam executadas obras de emergência, projetadas por técnicos do próprio órgão, para que tudo fosse normalizado até o início do próximo ano.
Era dia 29 de outubro de 2020. E segundo os planos do governo, seria feito um desvio cortando a lateral esquerda de uma elevação existente justamente no terreno que não havia sido desapropriado. E, com isso, a duplicação seguiria até o seu ponto final: a interligação com a rodovia Arujá-Itaquá.
Apesar de assegurada por engenheiros da alta cúpula do DER, nada disso foi adiante. Nem projeto e nem obras.
Passado algum tempo, após cobranças deste jornal e de políticos da cidade, o governo passou a dizer que estava enfrentando dificuldades na elaboração do projeto.
Mera desculpa esfarrapada ou atestado de incompetência dos técnicos estaduais?
Afinal, o que estava por ser projetado era um minúsculo trecho de rodovia, se comparado ao restante daquela obra e até de outras maiores, como o Rodoanel, por exemplo, em andamento à época. Coisa de menos de 2 km.
João Doria deixou o governo e nada aconteceu durante o período de seu sucessor, Rodrigo Garcia, mesmo precisando dos votos da cidade e região para se manter no cargo.
Durante a campanha, o então candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) incluiu a conclusão da duplicação da Mogi-Dutra no rol de promessas para o Alto Tietê, caso viesse a ser eleito.
E agora, cinco meses após sua vitória e posse no comando do governo, vem a notícia trazida pelo deputado André do Prado, hoje no cargo de presidente da Alesp, que há um novo prazo para, imaginem só, projetarem a tão esperada e diminuta obra.
É claro que um governo novo merece o voto de confiança de todos.
Mas é bom que o presidente André do Prado e seu colega de partido, o também deputado estadual Marcos Damásio (PL), assim como os demais representantes da região nas câmaras, prefeituras e Câmara Federal, fiquem atentos para que o novo prazo seja realmente cumprido.
Não há que se duvidar da palavra da nova secretária de Logística e Transportes, Natália Resende, com quem André disse ter conversado recentemente sobre o assunto.
Mas é bom ficar atento ao DER para que o novo compromisso assumido com o deputado não caia no enorme buraco negro, para onde devem ter ido todas as demais promessas já feitas a respeito dessa obra, já transformada num verdadeiro parto da montanha.
Apoio a Pontes
O presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, encaminhou ofício cumprimentando e parabenizando senador Marcos Pontes (PL) pelo requerimento de sua autoria solicitando a “impugnação de dispositivo estranho à medida provisória” que retirava parte das verbas destinadas ao Sesc para o turismo, o que poderia comprometer a sua operação em todo o estado de São Paulo. O Sincomércio esteve ao lado do Sesc na campanha contra a medida que transferia 5% dos recursos do Sesc e Senac, algo em torno de R$ 450 milhões, para a Embratur.
Prêmio InovaCidade
Foi a vice-prefeita em exercício, Priscila Yamagami (PODE), quem recebeu, em nome do prefeito Caio Cunha (PODE), o Prêmio InovaCidade 2023, oferecido pelo Instituto Smart City Business America (SCBA) à Prefeitura de Mogi pelo Programa Mogi Cidade da Criança – Primeira Infância. O prêmio reconhece iniciativas inovadoras de cidades inteligentes do País. À entrega do prêmio, nesta semana, em São Paulo, também estiveram presentes os secretários Claudio de Faria Rodrigues e Severino Netto, a adjunta Rosangela Cunha e a ex-secretária, Kellen Chacon.
Novo integrante (1)
O delegado titular do 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, recebeu a visita de dirigentes do Republicanos que o convidaram para fazer parte do grupo político que representa o partido do governador Tarcísio de Freitas na cidade.
Em nota, o partido informou que “nesta semana, o presidente municipal do Republicanos, Dr. Marcelo Oliveira e o secretário-geral, Silvério Nobre, foram recebidos pelo delegado titular Dr. Francisco Del Poente no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. O delegado se une ao Republicanos Mogi das Cruzes, somando forças e ampliando o número de colaboradores.Ao unir pessoas e propósitos, o Republicanos contribuirá para a transformação de Mogi das Cruzes em uma cidade mais próspera ,segura e justa”.
Novo integrante (2)
Apesar do convite, o delegado Del Poente não está filiado ao partido. Para ele, “foi uma visita cordial”, mas o secretário Silvério Nobre é otimista: “Ele integrará o grupo a princípio, mas vamos construir juntos uma possível candidatura”, informou ele à coluna