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Linha 11-Coral: Mogianos levam 40 minutos a mais para voltar de São Paulo

A CPTM chegou a anunciar duas vezes o fim da baldeação na Estação Suzano, decisão que foi adiada e segue sem previsão

18 de abril de 2024

Passageira enfrenta superlotação na Linha 11-Coral da CPTM | Vitória Aparecida

Reportagem de: Vitor Gianluca

Ir e voltar de São Paulo é um desafio para os mogianos que dependem do uso do transporte público durante a semana. Hoje, os cidadãos de Mogi das Cruzes sofrem com a medida da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que limitou o ponto terminal de alguns veículos da Linha 11-Coral nos horários de pico até Suzano. A equipe do O Diário recebeu o relato de duas pessoas que dependem do transporte público, que afirmam que não aumentou apenas o tempo de viagem, mas também o cansaço e o desconforto.

Vale destacar que a CPTM chegou a anunciar duas vezes o fim da baldeação na Estação Suzano, decisão que foi adiada devido à manutenção executada na falha do sistema de energia da subestação de Braz Cubas, na quarta-feira da semana passada (10).

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A advogada Júlia Cunha (24) trabalha em São Paulo e usa o transporte público ao menos quatro vezes na semana. Segundo ela, antes da alteração, a viagem de volta para casa durava em torno de 1h40 a 2h, com a mudança, este período aumentou cerca de 40 minutos, aumentando o tempo de viagem para 2h40.

“O maior problema pra mim não é apenas o tempo de demora. Isso é péssimo, claro, eu tenho demorado 30 minutos a mais para chegar em casa, mas principalmente o perigo na plataforma. Como fica esse aglomerado de pessoas esperando o Estudantes, quando chega qualquer trem, seja sentido Guaianases ou Suzano, é um empurra-empurra absurdo. Já quase caí dentro do trem várias vezes, já vi gente cair, é desumano”, disse Júlia.

Ela completou falando sobre os riscos físicos que os passageiros sofrem com as superlotações.

“Isso tem acontecido desde fevereiro, mas sinto que agora no mês de abril se intensificou. Não é crível que o trabalhador já sofra na ida para o trabalho, porque os trens estão chegando na Estudantes lotados devidos ao grande intervalo de tempo, e ainda sofra na volta para casa tendo que demorar mais para chegar e ainda se expondo a riscos físicos só para conseguir entrar no trem”, afirmou.

A mogiana Vitoria Aparecida (26) é enfermeira e no caminho de volta para casa, registrou uma das superlotações que têm enfrentado durante a semana na Linha 11-Coral, confira:

Vitória diz que é desesperador sair de casa todos os dias sabendo que é isso que vai enfrentar.

“Sai da Luz às 16h40 em um trem lotado e tive que descer em Suzano para continuar o trajeto. Quase 2h de percurso e eu não cheguei em Mogi”.

A passageira também questiona o fato dos adiamentos realizados pela CPTM, que até o momento, não anunciou uma nova data para a normalização da linha.

“Não tem nenhuma operação em Braz Cubas. O que muda com o gerador? O gerador “queimou” justamente no dia em que tudo iria voltar ao normal?”, pergunta.
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