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MC Caverinha lança ‘O Preto Mais Caro’ e fala de racismo; acesse o clipe

Aos 13 anos, MC Caverinha, jovem revelação do trap nacional,  lançou nesta sexta-feira (29),  “O Preto Mais Caro”, com letra, rimas e personalidade musical que confirmam o amadurecimento do artista de Mogi das Cruzes, que desde o lançamento da primeira música, no Youtube, se consagra como promessa da música urbana brasileira. Vindo de família de […]

Por O Diário
30/04/2022 11h55, Atualizado há 41 meses

Aos 13 anos, MC Caverinha, jovem revelação do trap nacional,  lançou nesta sexta-feira (29),  “O Preto Mais Caro”, com letra, rimas e personalidade musical que confirmam o amadurecimento do artista de Mogi das Cruzes, que desde o lançamento da primeira música, no Youtube, se consagra como promessa da música urbana brasileira.

Vindo de família de músicos e protagonista de singular história, MC Caverinha se mantém como uma das revelações do cenário de música urbana brasileira.

Não sem sentido, ela chancela a própria trajetória, em certo momento da composição quando afirma “O preto mais caro do meu bairro meu lucro aumenta até quando eu tô dormindo filha dos bacana se rende, e eu dou trabalho tô vivendo mais que o finado El pablito!” (clique aqui e ouça a música)

A família  Benevides Menezes viveu em Ferraz de Vasconcelos e, depois de ser enganada durante a compra de um imóvel, em uma região precária do Conjunto Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes, trabalhou, e muito, para chegar à atual realidade, contada de maneira precisa em outro single, que vale muito conhecer.

No clipe de “Fatos Reais”,  MC Caverinha volta a Mogi das Cruzes, no mesmo lugar onde os pais e os irmãos viveram o drama de milhares de famílias brasileiras sem teto, e depois registra uma “outra fase” da vida desse clã de artistas, ao colocarem os pés, em uma casa adquirida com o dinheiro do cantor para presentear a mãe.

Quando a família foi obrigada a sair da casa onde pretendia viver e foi enganada, o artista tinha apenas 9 anos.

Em “Fatos Reais”, a letra precisa, “a favela vai vencer”, assim como “O Preto Mais Caro”, o compositor usa a arte como instrumento político e se posiciona contra o racismo.

Aliás, esse norte é conhecido dos fãs do jovem desde  “Só Não Pisa No Meu Boot”, que o lançou nacionalmente.

A nova letra traz uma reverência, ainda a Pablito, o conhecido torcedor cruzeirense, seguido por milhares de pessoas em plataformas digitais, que faleceu no ano passado, após contrair Covid. MC Caverinha contemporiza a composição a um dos momentos mais desafiadores dos útimos dois anos, a pandemia – justo no período inicial da carreira do artista. 

“O Preto Mais Caro” é o segundo lançamento com o selo da Som Livre neste ano e vem acompanhado de videoclipe, dirigido por Fernendezz. Nele, o cantor se inspira em personagem do filme “Vizinhança do Barulho”, comédia de sucesso nos anos 90.

O vídeo está disponibilizado no canal do artista no YouTube desde a sexta-feira – assista aqui.

No clipe, MC Caverinha encarna o personagem Loc Dog, interpretado por Marlon Wayans, fazendo referência a um dos mais caricatos personagens das comédias norte-americanas e da cultura negra.

Segundo a assessoria do artista, a “produção audiovisual contou ainda com uma ação de pré-estreia quinta-feira (28), véspera do lançamento, quando foi realizada uma exibição em primeira mão exclusiva para convidados no Cinemark do Shopping Boulevard Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo”. Lá, o artista estava vestido com o figurino do personagem.

Na música, o Príncipe do Trap, como é conhecido entrega “todo o seu flow e sua técnica com as rimas em uma produção animada e jovial. Se colocando como ‘o preto mais caro’ do bairro, como diz o título da faixa, MC Caverinha demonstra bastante confiança e maturidade, afirmando que seu visual é o que mais chama a atenção e deixando claro que com ele, racista não tem papo”, destaca a apresentação do novo trabalho.

De Mogi das Cruzes, o artista é considerado revelação desde o início da carreira.

Confira a letra de “O Preto Mais Caro”, escrita pelo  MC Caverinha

“Todos amigos na rua, todos jogam por dinheiro

Brilho forte como a lua, sem problema financeiro

Minha gang lucra alto

Bb chuta e o pai domina

Faço ela desce do salto

Quer tatuar caverinha

Guardei uma grana preta

Tipo os amigo da minha gang

Eu passo igual cometa

Cada linha um diamante

Eu sei pq ela tenta

Sabe que é melhor antes

Veio me chama pra treta

Mas não sou coadjuvante

O preto mais caro do meu bairro, meu lucro aumenta até quando eu tô dormindo filha dos bacana se rende e eu dou trabalho, tô vivendo mais que o finado El pablito!

Festa na rua debaixo, quem me ver chegar se impressiona com o visual

Ohh ohh

Se peita o bonde é amasso, se tromba racista a cobrança é radical!”

 

Números grandiosos

O trapper MC Caverinha nasceu  Kauê de Queiroz Benevides Menezes. Ele se lançou comm 11 anos com  “Só Não Pisa No Meu Boot” e é irmão do também rapper Kayblack. Ambos começaram no  funk, mas foi no rap que os artistas se confirmaram no cenário musical.

MC Caverinha possui parcerias com nomes como  Alok (“Calça Angelical”), Djonga (“Meu Corre”), Jovem Dex (“Zerando a Vida”), Dfideliz (“Favelado Também Pode”) e Costa Gold (“O Pai Tá On”).

No YouTube são quase dois milhões de inscritos em seu canal, e mais de 235 milhões de views.

No Spotify, acumula mais de 1 milhão de ouvintes mensais, plataforma na qual supera 66 milhões de plays somente entre as suas cinco faixas mais ouvidas pelos usuários.

No Instagram, o acompanham mais de 3,5 milhões de seguidores.

Em Mogi das Cruzes, um momento histórico foi ao lado da cantora Anitta, em uma apresentação em show  da ExpoMogi, realizada no páteo do Pró-Hiper, em 2019.

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