Boigues fala na regionalização do sistema CROSS e define Saúde como prioridade do Condemat

Para Eduardo Boigues (PL), prefeito de Itaquaquecetuba e presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê e Região (Condemat+), a Saúde deve ser a prioridade das cidades que integram o grupo. Segundo Boigues, uma das principais medidas nesse sentido é a regionalização do Sistema Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).

As declarações foram dadas na manhã desta sexta-feira (21), durante a participação de Boigues no O Diário Entrevista. Vale destacar que o programa, comandado pelo jornalista Saulo Tiossi, vai ao ar toda sexta-feira e conta com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube e pelas redes sociais do O Diário.

Assista a entrevista completa:

Segundo Boigues, a demanda pela regionalização do sistema é antiga, iniciada ainda no seu primeiro mandato.

“Nós temos sete hospitais de referência na região do Alto Tietê, só que as vagas ‘estão indo’ para a Grande São Paulo e para a capital. Então, o paciente morador do Alto Tietê fica sem vaga e, quando tem, nós temos que pagar transporte e levar para Franco da Rocha, para Carapicuíba, para onde abrir a vaga”, explicou Boigues.

A ideia, então, é que as vagas da região sejam reservadas para os moradores do Alto Tietê. Ainda segundo Boigues, é que o sistema organize as vagas para que “cada um cuide de seus [próprios] pacientes”.

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A ideia já teria sido discutida pelos prefeitos que integram o consórcio com o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva, mas não seguiu adiante e, portanto, deve ser uma prioridade durante a presidência de Boigues no Condemat+.

Política nacional

Durante a entrevista, Boigues, que foi considerado um dos nomes de peso do PL em São Paulo depois do seu desempenho nas eleições de 2024, também foi questionado sobre o seu posicionamento em relação à denúncia da PGR contra Bolsonaro pela tentativa de Golpe de Estado e outros crimes.

“Eu acredito muito no seguinte: se a pessoa fez, ela tem que ser processada e responsabilizada. Se ela não fez, ela tem que ser absolvida”, comentou Boigues.

Entretanto, o presidente do Condemat+ destacou que – segundo ele, do seu ponto de vista enquanto delegado – Alexandre de Moraes não deveria ser responsável por julgar o processo, tendo em vista que o ministro seria um dos alvos do “Plano Punhal Verde e Amarelo”.

“Ele [Moraes], hoje, faz a investigação […] e vai julgar o caso. Imagine que eu investigue um homicídio que, em tese, tenha sido praticado por você. Eu já tenho na minha cabeça a convicção que você é o autor daqueles fatos e aí, no final, quando eu vou julgar os fatos, você acha que eu vou condenar você ou não?”

Para Boigues, outro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deveria encabeçar o julgamento para garantir mais imparcialidade.