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Julgamento do acusado de matar os filhos adotivos em incêndio continua hoje

Júri foi suspenso ontem por volta das 20h

22 de agosto de 2024

Audiência ocorreu no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo | Reprodução - TV Globo

Reportagem de: O Diário

O julgamento de Ricardo Reis de Faria, acusado pela morte dos filhos adotivos em um incêndio na cidade de Poá, continua nesta quinta-feira (22). A audiência ocorre no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

O júri popular teve início nesta quarta-feira (21), mas foi suspenso às 20h e retomado hoje a partir das 10h50. De acordo com informações do g1 obtidas por meio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), as oito testemunhas, quatro de acusação e quatro de defesa, foram ouvidas ontem por volta das 11h.

Relembre o caso

Em 17 de fevereiro de 2021, o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio em uma residência na Rua Fernando Pinheiro Franco, na Vila Real, em Poá. Ao chegarem ao local, as autoridades encontraram a casa em chamas, o que resultou na morte dos irmãos Fernanda, Gabriel e Lorenzo, adotados anos antes por Ricardo e Leandro José Reis de Faria e Vieira. O casal, que havia se separado, mantinha a guarda compartilhada das crianças, que estavam na casa de Ricardo quando o incêndio começou.

Na época, o delegado Eliardo Jordão, responsável pelas investigações, explicou que Ricardo estava dormindo em sua casa, na Rua Fernando Pinheiro Franco, na Vila Real, quando acordou devido à fumaça. Em depoimento, Ricardo afirmou que tentou acessar o quarto onde as crianças dormiam, mas não conseguiu entrar. Por isso, ele foi até a unidade da Polícia Civil para pedir ajuda. Ao chegarem ao local, os policiais arrombaram a porta, mas também não conseguiram entrar por causa das chamas. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e localizaram os três corpos.

O delegado verificou contradições no depoimento de Ricardo e ele foi preso temporariamente por 30 dias. A defesa considerou que a prisão temporária foi “um pouco temerária e afastada do contexto probatório”. Durante a perícia, todo o material queimado foi recolhido da casa e levado para o chão do quintal, onde foi minuciosamente avaliado por um perito. 

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