Entenda o escândalo de corrupção que condenou o ex-prefeito e 4 ex-vereadores de Biritiba Mirim
Processo teve início em 2018, quando vídeos mostrando Jarbas Ezequiel entregando maços de dinheiro para os vereadores foram divulgados
Trecho do vídeo onde Jarbas aparecia entregando maços de dinheiro | Reprodução/Arquivo/TV Diário
Reportagem de: Fabricio Mello
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou por corrupção o ex-prefeito de Biritiba Mirim, Jarbas Ezequiel de Aguiar, e os ex-vereadores Eduardo de Melo, José Rodrigues Lares, Paulo Rogério dos Santos e Luis Carlos dos Passos a quatro anos de prisão e 20 dias-multa, em regime inicial semiaberto.
A condenação nesta quinta-feira (21) marca o possível desfecho de um caso que teve início em 2018. Na época, o escândalo veio à tona quando um vídeo, onde o ex-prefeito aparecia distribuindo maços de dinheiro para os então vereadores, foi divulgado.
Na época, a prefeitura de Jarbas Ezequiel questionou a veracidade dos vídeos, chegando a dizer que eles haviam sido divulgados por um perfil falso nas redes sociais.
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O caso foi apresentado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) e, poucos dias depois da divulgação das imagens, tanto o prefeito quanto os parlamentares foram afastados dos seus respectivos cargos.
Agora, na sentença, ficou concluído que os vereadores recebiam propinas de maneira regular. Segundo o documento, o então prefeito oferecia os valores em dinheiro para garantir que os parlamentares votassem a seu favor em processos nas Comissões Especiais de Investigação (CEIs). Com isso, Jarbas foi condenado por corrupção e os ex-vereadores foram condenados por corrupção passiva – já que eles receberam a propina.
Esses processos, vale relembrar, tinham o objetivo de apurar irregularidades em contratos na Saúde de Biritiba Mirim e poderiam, inclusive, resultar na cassação do ex-prefeito Jarbas.
Segundo informações do TJ-SP, os réus podem recorrer à decisão em liberdade, pois não foi solicitada a prisão cautelar.
O Diário tentou contato com as defesas dos citados nesta reportagem para obter seus respectivos posicionamentos sobre a decisão da Justiça e sobre o caso, mas não obteve retorno até o presente momento. A reportagem segue aberta para uma eventual manifestação.