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MP resgata mãe e filha que eram mantidas em cárcere privado, em Guararema

Elas viviam em situação similar à 'idade da pedra', segundo a promotoria, sem acesso à água, esgoto, higiene ou serviços básicos de saúde e assistência

Por Fabricio Mello
22/05/2025 13h43, Atualizado há 3 meses

Ministério Público de São Paulo (MPSP) | Foto: divulgação

Duas mulheres, mãe e filha, foram resgatadas em situação de vulnerabilidade extrema em Guararema e foram levadas para uma residência inclusiva. Segundo informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), divulgadas nesta quarta-feira (21), além da precariedade do local, elas eram vítimas de violência doméstica e agressões sexuais praticadas por um homem, que seria companheiro e pai das vítimas.

Elas foram resgatadas do local após o MP, que foi acionado pela Prefeitura de Guararema, obter uma medida protetiva contra o suposto responsável, o que permitiu a retirada da mãe e filha do local. A promotoria conseguiu, ainda, uma liminar para que as duas fiquem juntas mesma residência inclusiva.

Ambas, ainda segundo a promotoria, possuem deficiência intelectual e tinham o homem como responsável. Entretanto, a relação deles seria “de intensa subordinação”, com ele impedindo que agentes da prefeitura entrassem no imóvel.

Na apuração, foi constatado que o suposto responsável pelas vítimas não permitia que as mulheres tivessem acesso a serviços de saúde ou assistência social. Além disso, elas viviam sem acesso à água, esgoto e qualquer condição de higiene.

“A situação aparentava que viviam ‘na idade da pedra’, pois sequer se higienizavam e ele entendia isso como normal. As mulheres possuem deficiência intelectual, a mais jovem em um patamar mais grave do que a mãe, a ponto de o homem trocar o próprio absorvente dessa filha”, contou a promotora Ana Paula Grossi, que atuou no caso.

No atendimento, profissionais da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar atestaram que tanto a mãe e quanto a filha tinham nódulos significativos nas mamas. As vítimas receberam os primeiros cuidados médicos e puderam se higienizar depois de meses sem tomar banho e usando a mesma roupa.

Depois do resgate, elas foram levadas a uma entidade de acolhimento de vítimas de violência doméstica em Mogi das Cruzes, onde ficaram até a liminar garantir a permanência de ambas na residência inclusiva.

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