Estado de São Paulo registra primeiro caso de sarampo em 2025
Homem de 31 anos pode ter contraído a doença em outro estado durante uma viagem

Estado de São Paulo registra primeiro caso de sarampo em 2025 | Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Reportagem de: Agência Brasil
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta semana o primeiro caso de sarampo registrado em 2025. A ocorrência envolve um homem de 31 anos, morador da capital paulista, que estava vacinado, não precisou de internação e já está recuperado, sem apresentar mais sintomas.
Apesar de o paciente residir na capital, as autoridades de saúde ainda investigam o local exato da infecção. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, o homem viajou recentemente à cidade de Jacarezinho, no Paraná, e começou a manifestar sintomas da doença no dia 2 de abril, com febre, manchas vermelhas no corpo e tosse. Até o momento, não foram identificados outros casos relacionados ao episódio.
De acordo com o governo estadual, o último caso autóctone — ou seja, contraído na própria cidade de residência — registrado em São Paulo ocorreu em 2022.
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Alerta para a vacinação
O sarampo é uma doença infecciosa viral altamente contagiosa, transmitida por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou até mesmo respirar. Estima-se que uma única pessoa infectada possa transmitir o vírus para até 90% das pessoas não vacinadas ao seu redor. Por isso, a vacinação é essencial para a prevenção.
Os principais sintomas incluem:
- Febre alta (acima de 38,5ºC)
- Manchas vermelhas no corpo
- Tosse persistente
- Conjuntivite
- Coriza
- Mal-estar geral
Em casos mais graves, o sarampo pode levar a complicações sérias, como infecções de ouvido, diarreia intensa, cegueira, pneumonia e até encefalite (inflamação cerebral), podendo causar a morte.
Em São Paulo, a vacina contra o sarampo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e também aos sábados e feriados nas AMAs/UBSs Integradas, no mesmo horário.
Brasil e o combate ao sarampo
O Brasil chegou a receber, em 2016, o certificado de país livre do sarampo, após anos de campanhas bem-sucedidas de vacinação. No entanto, a partir de 2018, com a queda na cobertura vacinal e o aumento do fluxo migratório, o vírus voltou a circular, resultando em mais de 21 mil casos em 2019 e na perda da certificação.
Em novembro de 2023, após mais de um ano sem casos endêmicos — o último registrado no Amapá, em junho de 2022 —, o país voltou a receber o reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como livre da circulação do vírus do sarampo.