Google proíbe propaganda política para as eleições de 2024
A empresa tomou a decisão após atualização das regras para propaganda eleitoral feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Google veta impulsionamento de conteúdos políticos nas eleições de 2024 | Fernando Frazão/Agência Brasil.
Reportagem de: Vitor Gianluca
O Google irá proibir o uso de impulsionamento de conteúdos políticos nas eleições municipais de 2024. Nenhum candidato poderá impulsionar a campanha via Google Ads, ferramenta de tráfego pago que anuncia no buscador e nas plataformas da empresa. A decisão entrará em vigor no dia 1º de maio.
A exigência é a seguinte em caso de conteúdos impulsionados:
- I – manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicida contratada;
- Il – disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório.
Para tal, a empresa Google ou qualquer outra que ofereça este tipo de serviço teria de montar um painel para uma imensa lista de anúncios. O que inviabiliza a ação, é o custo e a possibilidade do sistema falhar, o que poderia acarretar em uma punição determinada pelo TSE.
“As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”, afirmou a empresa em nota.
Com isso, o Google optou por derrubar esse vertical de rentabilização durante o processo eleitoral deste ano. De qualquer forma, a publicidade governamental não será barrada. Os conteúdos continuarão rodando normalmente desde que não tenha ligação direta com eleições.