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Lula volta a criticar postura de Israel: “Está matando mulheres e crianças”

Mesmo após a repercussão da primeira fala, comparando as mortes palestina ao holocausto, Lula volta a criticar Israel em pronunciamento

24 de fevereiro de 2024

Cerimônia de Lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos Fotos Ricardo Stuckert/PR

Reportagem de: Vitor Gianluca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou mais uma vez a postura de Israel no conflito com a Palestina, em Gaza. O brasileiro afirmou que o país comete genocídio com os palestinos e defende que a Palestina seja livre e possa viver em harmonia com Israel.

No último domingo (18), em Addis Ababa, capital da Etiópia, Lula comparou as mortes causadas por Israel com o holocausto promovido pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. A fala gerou grande repercussão e incômodo nas autoridades de Israel, Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) e Israel Katz (chanceler), que se posicionaram contra e exigiram retratação.

Nesta sexta-feira (23), Lula reforçou o posicionamento, durante o evento do programa “Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos”, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

“Eu quero dizer para vocês que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que eu sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças”, disse o presidente. 

“Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, completou Lula.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, responsável pelo balanço de vítimas no território palestino, até o dia 21 de janeiro, 25.105 pessoas morreram em decorrência de bombardeios de Israel.

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