Parada do Orgulho LGBT+ leva mais de 70 mil pessoas para a Paulista
Além da diversidade, evento chamou atenção para a luta política por mais direitos
Evento celebrou a diversidade e os direitos da comunidade LGBT+ | Rovena Rosa/Agência Brasil
Reportagem de: Agência Brasil
A Parada do Orgulho LGBTQIA+, realizada neste domingo (2) em São Paulo, levou cerca de 73 mil pessoas para a Avenida Paulista. Esta foi a 28ª edição do evento, que celebrou a diversidade e teve como tema “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo! Vote Consciente por Direitos da População LGBT+”, trazendo para a avenida a preocupação com as dificuldades na tramitação de projetos de lei que garantam o exercício pleno da cidadania por toda a população.
Além do visual elaborado das drag queens, marca registrada do evento, a criatividade das fantasias passeou pelos mais diversos motivos. Há quem preferiu ir de super-herói, quem buscou inspiração na antiguidade, nos fetiches eróticos, ou aquelas pessoas que apenas pegaram uma coroa com as cores do arco-íris distribuída gratuitamente por uma rede de fast-food.
Apesar das sete cores do arco-íris, símbolo da luta pela diversidade sexual, ainda serem muito presentes nas bandeiras e adereços, neste ano, o verde-amarelo ganhou espaço.
“É para mostrar que a bandeira do Brasil pertence a todos nós, não só a um partido político. Todo mundo tem o direito de usar nossas cores, e não vamos deixar só para um tipo específico de pessoas”, justificou a drag queen Cacau, que usava a camisa da seleção brasileira de futebol cortada na altura do peito, fazendo um top.
O apelo para que o público incorporasse as cores da bandeira nacional partiu da própria organização da parada. A proposta é uma reação ao uso do verde e amarelo pelas manifestações de extrema-direita.
A concentração para o desfile dos trios elétricos aconteceu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Dali, com muita música, o público seguiu em direção à Rua da Consolação e desceu até o centro da cidade. A programação musical contou com nomes como Pabllo Vittar, Banda Uó, Gloria Groove e Filipe Catto.