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Varejo paulista elimina 114 mil vagas e capital tem pior desempenho da história

O comércio varejista do Estado de São Paulo fechou 114.359 empregos formais no acumulado de 2020 até julho em decorrência da crise provocada pelo novo coronavírus. No período, houve 340 751 contratações contra 455.110 demissões, segundo dados divulgados no domingo, 6, pela FecomercioSP, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somente na […]

7 de setembro de 2020

Reportagem de: O Diário

O comércio varejista do Estado de São Paulo fechou 114.359 empregos formais no acumulado de 2020 até julho em decorrência da crise provocada pelo novo coronavírus. No período, houve 340 751 contratações contra 455.110 demissões, segundo dados divulgados no domingo, 6, pela FecomercioSP, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somente na cidade de São Paulo, o saldo foi negativo em 42.645 postos de trabalho formal, o pior desempenho da história nesta comparaçãoNo Estado, o resultado do sétimo mês deste ano equivale a uma queda de 6% em relação ao estoque ativo de empregos em dezembro de 2019. Das 35 atividades analisadas, apenas a de comércio hortifrutigranjeiros terminou o período de janeiro a julho com saldo positivo de 406 empregos formais no Estado. Por outro lado, os segmentos que mais fecharam vagas foram os de artigos de vestuários e acessórios (-33.918 vagas) e calçados e artigos de viagem (-11.325).De acordo com a Federação, os dados são preocupantes, pois o varejo paulista retrocedeu o estoque ativo de vínculos empregatícios ao patamar do segundo semestre de 2012. Mesmo o comércio essencial, como supermercados e farmácias, que permaneceu aberto no período mais restritivo, não registrou saldo positivo de empregos nos primeiros sete meses do ano.“A expectativa é de melhora nos próximos meses, com o avanço da reabertura dos negócios e de acordo com a retomada em diferentes níveis, seguindo protocolos estabelecidos em cada região. Outros pontos que podem colaborar para resultados positivos de empregos são a continuidade do pagamento do auxílio emergencial e o décimo terceiro salário, já conhecido por impulsionar as compras de Natal”, diz a entidade, em nota.Contudo, a FecomercioSP alerta que os efeitos reais no mercado de trabalho só serão calculados após o fim do impacto da Medida Provisória 936, que permitiu a suspensão de contratos e diminuição de salários. “Com a baixa no consumo e a consequente redução nas vendas do setor, existe a possibilidade de que nem todos os trabalhadores sejam reintegrados aos estabelecimentos”, pondera.CapitalEm 2020 até julho, houve 95.897 admissões contra 138.542 desligamentos na cidade de São Paulo. Trata-se de uma queda no emprego formal de mais de 520% em relação a igual período de 2019; 200% maior do que o listado em iguais meses acumulados de 2016, ano em que se tinha o pior resultado nos sete meses de um ano até então.Na comparação com o estoque ativo de empregados em dezembro de 2019, julho terminou com queda de 7,2%.Das 35 atividades analisadas, também apenas a de comércio hortifrutigranjeiros chegou a julho com saldo positivo: 160 empregos formais.Já os segmentos que mais fecharam vagas foram os de artigos de vestuários e acessórios (-12.165 vínculos vagas) e produtos de padaria e laticínio (-4.236).

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