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Indústria 5.0: colaboração entre humanos e robôs

A Nachi, por ser uma empresa que desenvolve suas atividades com a combinação da ação humana, entende que não bastava colocar o produto na prateleira e oferecer ao cliente

29 de abril de 2023

Reportagem de: O Diário

Quando se fala sobre a indústria 4.0 e a internet das coisas (IoT), quase sempre o assunto está associado a um ambiente fabril, e é certo que existe essa integração há alguns anos, ademais, o tema passa por processos automatizados, utilização de robôs e sistemas para melhorar a produção, qualidade e competitividade no mercado. Porém, também dentro desse conceito, há um ponto que encontra resistência: a substituição do fator humano. De fato, essa nova revolução do mundo industrial exigiu uma releitura das carreiras, mas a indústria 5.0 vem com um entendimento diferente, não de substituição, mas sim de como os robôs podem trabalhar em conjunto, como uma contribuição e não uma tomada de lugar. A indústria 5.0 vem para mitigar com essa ideia de ruptura que a 4.0 supostamente compeliu. Vivenciamos situações em que a automação substitui com maestria o trabalho humano, mas, a exemplo dos chatbots com inteligência artificial, é possível perceber que existe uma ausência criativa, de situações em que a máquina não pode substituir o homem, o feeling, e isso é tudo cognitivo.

A Nachi, por ser uma empresa que desenvolve suas atividades com a combinação da ação humana, entende que não bastava colocar o produto na prateleira e oferecer ao cliente, mas sim atuar diretamente na necessidade do cliente. Por isso, a Nachi busca entregar performance, tanto em rolamentos quanto em robótica.  No ano de 2019, foi pensado e elaborado o NACHI Robotics Systems Brasil (NRS-B), para entender a “dor” do cliente e compartilhar com ele as nossas soluções. Por exemplo, recentemente nos solicitaram uma solução robotizada para um problema de lesão de funcionários por movimentos repetitivos. No passado, a robotização remitia à substituição daquela pessoa para aquela tarefa. Hoje é diferente, a ideia é garantir a esse colaborador um ambiente de trabalho mais adequado, que não cause desconfortos. No entanto, ainda existe muita desinformação que gera uma dificuldade de entendimento de quais são os benefícios e interesses dos robôs. Contudo, somente em uma visão mais periférica é possível entender os benefícios.

A indústria 4.0 sequer foi implantada integralmente no Brasil, mas acho que não é necessário concluir essa fase para falar em 5.0. Na verdade, ela vem para complementar essa etapa anterior. Essa contribuição não se limita às indústrias. Talvez o termo mais adequado seja sociedade 5.0, ao passo que a internet das coisas e a inteligência artificial estão cada dia mais presentes no dia a dia. Sobre isso, estamos aprendendo juntos a lidar e entender os limites da sapiência tecnológica.

Renato Carquejo é gestor de Robótica da Nachi

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