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NGK investe R$ 2 milhões em usina de energia solar

A expectativa é aumentar em 36% a capacidade de geração de energia, ampliando o abastecimento da unidade instalada no distrito de César de Souza.

16 de abril de 2022

Placas de energia solar | Foto: Reprodução/Freepik

Reportagem de: O Diário

Com o maior sistema fotovoltaico da região do Alto Tietê, instalado em 2021 e composto por 3.102 módulos e 10 inversores que ocupam dois hectares, a NGK investe mais R$ 2 milhões, neste ano, em uma nova usina solar na fábrica de Mogi das Cruzes. A expectativa é aumentar em 36% a capacidade de geração de energia, ampliando o abastecimento da unidade instalada no distrito de César de Souza.

O projeto está alinhado ao Ecovison 2030, programa global da organização que estabelece metas ambientais em resposta às mudanças climáticas, expansão de produtos ambientalmente amigáveis, conservação de recursos hídricos e gerenciamento de resíduos.

Com a nova ampliação, que está prestes a começar, o total de placas fotovoltaicas passará para 3.900, representando economia de R$ 300 mil mensais. “No ano passado, investimos R$ 3 milhões na primeira etapa da usina solar, que gera 7% do consumo total de energia da empresa. Neste ano, faremos a segunda etapa, com R$ 2 milhões, que vai dobrar esta capacidade.

Buscamos uma alternativa porque precisávamos de uma fonte que cobrisse uma parcela pequena que ultrapassava nosso limite, dependendo do dia e do consumo do período. Dentre muitas opções, investimos em energia solar. Fizemos um teste, a primeira etapa foi um sucesso e conseguimos gerar energia além da expectativa. Agora, estamos fazendo esta ampliação para aumentar esta capacidade”, explica Eduardo Tsukahara, diretor gerente da empresa.

Segundo ele, no período de um ano, a NGK deixou de emitir cerca de 104 toneladas de CO2, o que corresponde ao plantio de 645 árvores por ano. Em média, a multinacional gera 150 MWh/mês, o que rende uma economia de 7% no consumo. “O volume anual seria suficiente para abastecer 758 residências com consumo médio anual de 2.400 kWh”, conta.

Na primeira etapa, as placas foram instaladas diretamente no solo do terreno e, nesta nova fase, será utilizada a área disponível nos telhados da unidade fabril, que soma cerca de 10 mil metros quadrados, para melhor aproveitamento do espaço. “Para isso, estamos fazendo uma série de testes para verificar se a estrutura suporta, se há facilidade de manutenção, mas o projeto está andando, já vamos fazer esta instalação e esperamos que até o final do ano, esta parcela de energia já esteja apoiando e ajudando no consumo da demanda da indústria”, enfatiza o diretor.

Os investimentos em geração de energia solar devem se estender, com previsão anual de até R$ 3 milhões até que todo projeto da empresa seja completado. “Projetamos que temos capacidade de gerar 35% do nosso consumo, com energia solar, mas isso até completar todos os espaços que temos na planta”, revela o diretor.

Atualmente, segundo ele, a energia é consumida do mercado livre, mas já é sustentável, com fonte renovável, como eólica e biogás, fornecida pela concessionária. “Assim como na matriz, o grupo todo está trabalhando muito com a preocupação de sustentabilidade. Temos um projeto de longo prazo, o Ecovision 2030, com uma série de metas de sustentabilidade, inclusive para todas as subsidiárias, que devem estar alinhadas com a meta global da empresa. É um projeto inicial, porque já está se falando em neutralidade de carbono até 2050. Há também a reciclagem e reuso dos recursos usados na industrialização, como água e matérias-primas, evitamos ao máximo fazer descarte e tentamos reutilizar os materiais. Além disso, temos metas internas, com reciclagem de 70% da água utilizada (295 m3 ao mês), por meio de uma estação de tratamento de efluentes da própria fábrica, e reprocessamento de 90% de resíduos (12 toneladas por mês)”, completa.

Outras ações, como utilização mais racional de recursos, reciclagem de papéis, madeira e metais, já estão no radar da empresa para que seja possível melhorar o índice de sustentabilidade. “Estamos em uma área de proteção ambiental permanente, atrás da empresa passa o rio Tietê, então, temos todo um cuidado especial. Tudo isso já faz com que a gente tome mais cuidado em relação ao aspecto ambiental”, diz.

Considerada maior fabricante e especialista mundial em velas de ignição, a NGK foi fundada em 1936, em Nagoya, no Japão. No Brasil, a empresa instalada na área de 625 mil m2 em Mogi das Cruzes, atua há mais de 60 anos e conta com cerca de 1,2 mil funcionários. A empresa – detentora das marcas NGK (componentes automotivos) e NTK (sensores e ferramentas de corte) – disponibiliza cursos online para mecânicos e aplicadores de produtos. Mais informações no site http://www.ngkntk.com.br/.

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