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RUD contribui na construção da 1ª usina de briquetes do mundo

Empresa projetou e desenvolveu seis transportadores de arraste de alta capacidade para a planta de briquete da Vale, em Tubarão

16 de dezembro de 2023

Construção | Reprodução/Freepik

Reportagem de: O Diário

No ano em que comemora 45 anos da instalação no Brasil, a RUD Correntes contribuiu para um projeto que é um passo muito importante para descarbonizar os processos siderúrgicos em todo o mundo. Trata-se da primeira planta de briquete de minério de ferro do mundo, inaugurada pela Vale na terça-feira (12), na Unidade Tubarão, que fica em Vitória, no Espírito Santo.

Com a nova tecnologia, a produção da mineradora no local reduz em até 10% as emissões de gases que provocam o efeito estufa em seu alto-forno. Ela tem potencial ainda para produção de aço com zero emissão, quando o hidrogênio verde estiver disponível. 

A principal mudança é no processo de extração. Normalmente era utilizada a técnica de pelotização para aglutinar as partículas do minério antes de encaminhar às metalúrgicas. Já com o briquete, é possível fazer esse mesmo processo, porém com a aglomeração do minério em baixas temperaturas, emitindo menos particulados e gases como dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio, além de um ponto muito importante: dispensar o uso da água durante a fabricação. 

A RUD projetou e fabricou seis transportadores com capacidades entre 265 T/h e 485 T/h, que trabalham totalmente enclausurados, contribuindo com o processo produtivo do briquete e a conservação do meio ambiente.

Daniel Knudsen, presidente da RUD Correntes, explica que a participação da empresa começou junto à Vale desde o desenvolvimento do projeto da usina. “As fases de desenvolvimento dos equipamentos e a produção foram feitas na planta de Mogi. Daqui os equipamentos foram encaminhados ao Espírito Santo. Foram seis máquinas. A maior delas precisou de cinco carretas para o transporte”, explicou.  

A grandiosidade da usina de briquetes pode ser medida nas palavras do presidente da Vale, Eduardo Bartolomeu, durante a inauguração da nova planta. “Estamos oferecendo um produto que apoiará nossos clientes, os fabricantes de aço, a se adequarem às metas de redução de emissões que estão sendo adotadas por governos em todo o mundo, contribuindo para o combate à mudança climática. Além disso, estamos induzindo a neoindustrialização do Brasil, que será baseada na indústria de baixo carbono, e cumprindo mais uma vez a vocação da Vale de âncora do desenvolvimento regional”, pontuou. 

Essa foi mais uma expertise da empresa que chegou ao Brasil há mais de quatro décadas para atender a demanda de toda a América Latina. 

O nome RUD Correntes surgiu há quase 150 anos, quando a empresa nasceu, pois o primeiro produto da empresa era corrente. Mas, no decorrer dos anos, se tornou um importante fornecedor de equipamentos completos e seus componentes para a indústria de diversos segmentos, entre elas a Petrobras e a Vale.

“O nosso portfólio passou de correntes para produção de equipamentos transportadores de material a granel para atender a indústria de cimento, fertilizante, papel e celulose, siderurgia, alimentícia, metalurgia, e isso evoluiu para equipamentos de movimentação e içamento de carga. Hoje temos um departamento de engenharia que projeta e constrói máquinas de acordo com a demanda das empresas. Esse é um dos nossos diferenciais de mercado”, destacou.

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