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Líderes políticos, empresários e cultura japonesa: entenda os nomes das vias em Mogi das Cruzes

Líderes políticos, empresários e ligação à cultura japonesa: estas são as homenagens prestadas às personalidades importantes, que marcaram época na cidade, e hoje nomeiam vias do município

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Mogi das Cruzes | PMMC

Reportagem de: Fabio Pereira

Líderes políticos, empresários e ligação à cultura japonesa: estas são as homenagens prestadas às personalidades importantes, que marcaram época na cidade, e hoje nomeiam ruas, avenidas e cruzamentos de Mogi das Cruzes. Vocês já se perguntaram qual é a relação de Narciso Yague Guimarães, Ricardo Vilela, João XXIII, e Deodato Wertheimer com a história do município? Se não, O Diário preparou um conteúdo 360º, que traz a história mogiana de maneira interativa ao leitor. (veja abaixo).

Narciso Yague Guimarães

Líder político de destaque na década de 1970, Narciso Yague Guimarães é lembrado, até hoje, devido à atuação frente à Santa Casa de Misericórdia em Mogi das Cruzes. Sua administração, segundo o historiador Glauco Ricciele, também foi direcionada ao transporte e à educação. “A via ganhou este nome em homenagem ao vereador [Narciso Yague], que trabalhou por muito tempo na Escola Industrial, onde atualmente se encontra a Etec Presidente Vargas”, conta.  

“Ele foi eleito durante as obras que resultaram na construção da Mogi-Bertioga (SP-098). Infelizmente, em uma das vistorias feitas na rodovia, ele caiu de uma caminhonete e faleceu. A avenida também possibilita o acesso à Câmara Municipal e à Prefeitura de Mogi das Cruzes”, Completa Ricciele.

João XXIII

Já a Avenida João XXIII é autoexplicativa, tendo em vista que a via leva o nome do maior líder da Igreja Católica entre os anos de 1958 e 1963. Localizada no distrito César de Souza, em Mogi das Cruzes, passou a contar com um grande fluxo de veículos recentemente, devido à expansão local, impulsionada pelo crescimento populacional. 

“A via recebeu esse nome em homenagem ao Papa João XXIII, que criou a Diocese de Mogi das Cruzes. No início da década de 1960, por meio de uma bula papal, ele desassociou Mogi das Cruzes da cidade de São Paulo, criando uma nova região que, em um primeiro momento, incluía até Guarulhos. A cidade também se tornou sede do primeiro bispo diocesano, Dom Paulo Rolim Loureiro”, comenta Glauco.

Ricardo Vilela

Ricardo Vilela foi um influente empresário, conhecido por sua atuação em diversas áreas da administração pública e, principalmente, pelo engajamento em projetos sociais na cidade. Uma das principais vias de entrada e saída da cidade liga a região do bairro Socorro e o Córrego Lavapés à área do Guaió, em Suzano.

“Antigamente, essa rua era chamada de Bom Jesus, em referência à capela que hoje conhecemos como Paróquia São Benedito. Em Mogi das Cruzes, Vilela desenvolveu uma fábrica de chapéus, contribuindo para a geração de empregos e marcando um importante avanço na industrialização do município no início do século”, destaca Ricciele.

Em especial, a rua Ricardo Vilela fez parte, durante anos, da história de O Diário. A sede do jornal, inclusive, esteve alocada neste endereço. O local contribuiu para que grande parte da história mogiana fosse escrita, de modo em que toda a evolução do município fosse registrada. 

Na fase digital de O Diário, uma sala no Dual Patteo Mogilar se tornou o local de trabalho da nova redação, onde a produção de conteúdos multiplataforma tem se intensificado, especialmente na área de audiovisual.

VEJA VÍDEO:

Avenida Japão

A Avenida Japão é a via de maior extensão da cidade, com mais de 20 quilômetros. Seu nome foi dado em homenagem à primeira casa da região, que está localizada no início da via, entre a rua Ipiranga, onde se hospedou o imperador do Japão, Akihito, e sua esposa, Michiko, durante sua visita a Mogi das Cruzes na década de 1960. 

“O imperador teve uma passagem rápida de dois dias pela cidade, mas que gerou uma homenagem pela municipalidade, dando nome à maior via do município”, diz Ricciele.

Deodato Wertheimer

Deodato Wertheimer chegou a Mogi das Cruzes em 1913 e, em 1919, foi eleito para o Poder Legislativo, sendo o parlamentar mais votado da cidade naquela legislatura. No ano seguinte, em 1920, assumiu o cargo de prefeito, com foco principal em saúde pública. Durante sua gestão, que se estendeu até 1922, ele foi o responsável por combater a gripe espanhola, pandemia que afetou o mundo inteiro no início do século XX.

“Foi o principal responsável por erradicar a doença na cidade, juntamente com outras práticas que vinham sendo utilizadas no mundo. Posteriormente, se tornou prefeito e deputado. Wertheimer morreu em 1935, aos 44 anos, mas deixou um grande legado. Muitas pessoas de Mogi das Cruzes, de idade avançada, ainda se lembram dele”, destaca o historiador.

A via que leva seu nome é uma das mais conhecidas de Mogi das Cruzes. Ela é reconhecida pelos diversos comércios, principalmente os relacionados à construção civil. A rua também tem grande importância na conexão entre os bairros e o centro da cidade.

“Também é uma via bem extensa, ligando os bairros Vila Rachel e Mogi Moderno ao centro da cidade. Foi muito utilizada como opção de tráfego de acesso à rodovia Mogi-Bertioga (SP-098), após a inauguração desta rodovia nos anos 80”, finaliza Ricciele.