Diário Logo

Idealizador do SUS defende que OSs tenham papel exclusivamente filantrópico

Gonzalo Vecina Neto, que também é ex-diretor da Anvisa, explicou que as entidades prestam um serviço público e, por isso, não devem lucrar

24 de setembro de 2024

Vecina concede entrevista ao jornalista Saulo Tiossi Reprodução

Reportagem de: Fabricio Mello

A atuação das Organizações Sociais (OS) na Saúde de Mogi das Cruzes foi um dos temas mais comentados pelos candidatos à prefeitura da cidade. Por conta disso, O Diário questionou Gonzalo Vecina Neto, um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o modelo. Para o especialista, as entidades devem adotar um papel exclusivamente filantrópico.

“A OS não pode ser remunerada pelo serviço que ela presta. Ela tem que receber exclusivamente o que ela gasta,” explicou Vecina Neto, que já esteve à frente do Hospital Sírio Libanes e citou a instituição como exemplo de atuação em conjunto com o Estado. 

VEJA FALA DELE ABAIXO

Vecina Neto participou do O Diário Entrevista da última sexta-feira (20), um programa especial que repercutiu as propostas dos cinco candidatos à prefeitura da cidade para a Saúde – tema com maior número de pedidos e demandas da população mogiana. 

O Diário Entrevista vai ao ar toda sexta-feira, às 10h, com transmissão ao vivo pelo YouTube e pelas redes sociais do O Diário.

Ainda durante a sua fala sobre o tema, Vecina Neto defendeu que as organizações sociais têm uma função filantrópica e, por conta disso, tem como única função prestar serviço para a população. 

“Tem muita gente que acha que isso é um meio de ganhar dinheiro. Eles são uns sem vergonhas, sem ética. Como tem que fazer: tem que controlar. Onde tem dinheiro e tem gente, pode ter corrupção, mas tem que controlar. O dinheiro público tem que ter transparência sempre, seja lá quem for,” enfatizou o especialista.

Veja Também