Idealizador do SUS defende que OSs tenham papel exclusivamente filantrópico
Gonzalo Vecina Neto, que também é ex-diretor da Anvisa, explicou que as entidades prestam um serviço público e, por isso, não devem lucrar
Vecina concede entrevista ao jornalista Saulo Tiossi Reprodução
Reportagem de: Fabricio Mello
A atuação das Organizações Sociais (OS) na Saúde de Mogi das Cruzes foi um dos temas mais comentados pelos candidatos à prefeitura da cidade. Por conta disso, O Diário questionou Gonzalo Vecina Neto, um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o modelo. Para o especialista, as entidades devem adotar um papel exclusivamente filantrópico.
“A OS não pode ser remunerada pelo serviço que ela presta. Ela tem que receber exclusivamente o que ela gasta,” explicou Vecina Neto, que já esteve à frente do Hospital Sírio Libanes e citou a instituição como exemplo de atuação em conjunto com o Estado.
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Vecina Neto participou do O Diário Entrevista da última sexta-feira (20), um programa especial que repercutiu as propostas dos cinco candidatos à prefeitura da cidade para a Saúde – tema com maior número de pedidos e demandas da população mogiana.
O Diário Entrevista vai ao ar toda sexta-feira, às 10h, com transmissão ao vivo pelo YouTube e pelas redes sociais do O Diário.
Ainda durante a sua fala sobre o tema, Vecina Neto defendeu que as organizações sociais têm uma função filantrópica e, por conta disso, tem como única função prestar serviço para a população.
“Tem muita gente que acha que isso é um meio de ganhar dinheiro. Eles são uns sem vergonhas, sem ética. Como tem que fazer: tem que controlar. Onde tem dinheiro e tem gente, pode ter corrupção, mas tem que controlar. O dinheiro público tem que ter transparência sempre, seja lá quem for,” enfatizou o especialista.