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5 vantagens do salário sob demanda para empresas e colaboradores

O conceito de salário sob demanda está ganhando cada vez mais destaque em organizações modernas, oferecendo uma abordagem inovadora para a gestão financeira dos colaboradores. Este método proporciona uma série de benefícios tanto aos funcionários quanto às empresas. Ao contrário do que se possa imaginar, o colaborador não “perde” nada com o salário sob demanda. […]

10 de maio de 2024

Reportagem de: Edicase Conteúdo

O conceito de salário sob demanda está ganhando cada vez mais destaque em organizações modernas, oferecendo uma abordagem inovadora para a gestão financeira dos colaboradores. Este método proporciona uma série de benefícios tanto aos funcionários quanto às empresas.

Ao contrário do que se possa imaginar, o colaborador não “perde” nada com o salário sob demanda. Não existe incidência de taxas, juros e não se trata de nenhum tipo de empréstimo. O funcionário pode acessar o valor que corresponde aos dias já trabalhados antes da data fixa do pagamento.

Essa prática não apenas impacta positivamente o bem-estar financeiro dos colaboradores, mas também impulsiona a motivação, contribui para o crescimento econômico e auxilia no desenvolvimento de estratégias mais eficazes de planejamento financeiro. Confira!

1. Maior flexibilidade financeira

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 8 em cada 10 famílias brasileiras estão endividadas e 30% estão inadimplentes. Neste cenário econômico, essa abordagem ganha relevância ao proporcionar maior flexibilidade financeira para os colaboradores, ao oferecer um maior controle sobre sua remuneração, bem como auxiliar em todo seu planejamento financeiro. Para as empresas, além de manter seu time mais engajado, é um excelente chamariz para atrair e reter talentos.

“Se acontecer alguma emergência financeira, aquele colaborador não precisa recorrer ao cheque especial ou cartão de crédito, que no longo prazo pode virar uma dívida enorme. Se ele tem acesso ao salário sob demanda, ele pode contar com um recurso que já é seu para suprir aquela necessidade”, explica Mafalda Barros, especialista em economia e COO da Quansa. 

2. Motivação e satisfação dos colaboradores

Ao oferecer controle sobre a remuneração, o salário sob demanda pode contribuir significativamente para a motivação e a satisfação dos colaboradores. Uma pesquisa realizada com mais 7 mil pessoas em 13 países pelo ADP Research Institute mostrou que cerca de 90% dos funcionários preferem trabalhar para um negócio que se preocupa com as suas finanças.

Considerando o contexto brasileiro, que vive o maior índice de inadimplência dos últimos 10 anos, segundo os dados mais recentes divulgados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), se torna imprescindível que as empresas busquem alternativas e tenham um olhar mais direcionado às finanças dos colaboradores

Homem trabalhando em notebook enquanto faz uma ligação
O salário sob demanda impulsiona a economia, permitindo que os trabalhadores controlem seus ganhos (Imagem: G-Stock Studio | Shutterstock)

3. Movimentação da economia e redução do endividamento

O salário sob demanda pode ter um impacto positivo na economia, uma vez que possibilita aos colaboradores direcionarem recursos para consumo, investimentos ou quitação de dívidas. Conforme o Banco Central do Brasil, a capacidade de os trabalhadores gerirem sua remuneração de forma mais eficiente contribui para a movimentação da economia e para a redução do endividamento das famílias brasileiras.

De acordo com um levantamento realizado com 1091 pessoas da base de dados da Quansa, plataforma pioneira na oferta de salário sob demanda no Brasil, em 2023, a antecipação salarial dos trabalhadores ajudou na economia de R$ 2,6 milhões em juros e créditos predatórios.

Considerando a taxa de juros média de 10% ao mês do consignado e rotativo do cartão de crédito, cada um dos colaboradores economizou R$ 1.267 durante o ano, que representa cerca de 90% do salário-mínimo atual. 

4. Auxílio no planejamento financeiro

A possibilidade de direcionar parte da remuneração para metas específicas, como aposentadoria e educação, se refere a um dos benefícios do salário sob demanda, que pode vir atrelado a uma educação financeira e incentivo à poupança de algum valor fixo mensal.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 45,8% dos entrevistados não realizam um controle sistemático do seu orçamento.

Quando o assunto são os gastos com juros, encargos, taxas e tarifas bancárias, o conhecimento é insuficiente, 60,0% afirmaram nem sempre saber os valores gastos anualmente com essas despesas e quase a metade (47,2%) dos entrevistados garante não calcular com frequência o quanto estão pagando de juros quando fazem uma compra a prazo.

5. Atração e retenção de talentos

Empresas que adotam o salário sob demanda e demonstram uma preocupação com o bem-estar de seus funcionários são mais consideradas pelos colaboradores, é o que indica o estudo realizado pela VISA. Colaboradores que se sentem financeiramente apertados são duas vezes mais propensos a procurar novas oportunidades de emprego, mas, quando têm acesso ao salário flexível, esse cenário muda.

Cerca de 95% dos trabalhadores demonstram interesse em permanecer em uma organização que oferece EWA (Earned Wage Access). Ou seja, apostar no salário sob demanda não é apenas sobre dinheiro, mas também sobre se sentir valorizado e apoiado. 

Exemplos como o da empresa Oakberry, que implementou o salário sob demanda com sucesso e observou um aumento significativo na satisfação e retenção de funcionários, reforçam a importância dessa prática para os negócios que buscam atrair e manter profissionais qualificados.

“Em resumo, o salário sob demanda oferece benefícios tanto para os colaboradores quanto para as empresas, proporcionando maior flexibilidade financeira, contribuindo para a motivação e satisfação dos funcionários, movimentando a economia, auxiliando no planejamento financeiro e na atração e retenção de talentos”, complementa a economista Mafalda Barros.

Por Alex Gonçalves

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