6 motivos para ser gentil todos os dias
Um simples “bom dia”, um elogio sincero ou um gesto de ajuda podem fazer muito mais do que melhorar o dia de alguém — eles também transformam o cérebro e o corpo de quem pratica a gentileza. A ciência já comprova que ser gentil é uma forma eficaz e natural de cuidar da saúde mental. […]
13/11/2025 13h00, Atualizado há 1 hora
Um simples “bom dia”, um elogio sincero ou um gesto de ajuda podem fazer muito mais do que melhorar o dia de alguém — eles também transformam o cérebro e o corpo de quem pratica a gentileza. A ciência já comprova que ser gentil é uma forma eficaz e natural de cuidar da saúde mental.
Segundo Dra. Mariana Ramos, professora de Psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, o cérebro reage de forma imediata quando praticamos um ato de bondade. “A gentileza estimula a liberação de substâncias como dopamina e serotonina, que aumentam a sensação de prazer e bem-estar. É como se o cérebro nos recompensasse por fazer o bem”, explica.
Conforme a especialista, cada gesto gentil gera uma resposta fisiológica positiva. “Cada vez que somos gentis, algo acontece silenciosamente no nosso sistema nervoso: um circuito de bem-estar é ativado”, afirma. Ela destaca que esse processo vai muito além da interação social: “Ser gentil não é apenas um ato social, é uma escolha psicobiológica pela vida”.
Efeitos da gentileza na saúde física e mental
A Dra. Mariana Ramos explica que, quando realizamos um ato de bondade — como oferecer ajuda, escutar alguém, elogiar ou até sorrir — o cérebro interpreta isso como um estímulo positivo de conexão social.
“Regiões como o córtex pré-frontal, responsável pela empatia e pelas decisões morais, e o sistema límbico, ligado às emoções, são ativadas. Essa ativação cria uma sensação de calor interno, prazer e pertencimento, que pode ser percebida até mesmo no corpo, com a respiração mais leve, músculos mais relaxados e frequência cardíaca mais estável”, descreve.
Além disso, a gentileza se espalha como um efeito dominó. “A gentileza é contagiosa. Ao observarmos um ato gentil, o cérebro ativa regiões de recompensa, o que nos motiva a replicar o comportamento”, completa.
A seguir, a Dra. Mariana Ramos lista seis razões para praticar a gentileza e explica como atitudes simples podem transformar o bem-estar. Confira!
1. A gentileza estimula a liberação de hormônios do bem-estar
Quando somos gentis, nosso cérebro libera dopamina, serotonina e ocitocina, substâncias ligadas à sensação de prazer, felicidade e conexão. É por isso que fazer o bem dá aquela sensação boa de “coração leve”.
2. Reduz o estresse e a ansiedade
Atos de gentileza ajudam a diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Ou seja, ser gentil acalma o corpo e a mente, melhora o humor e até ajuda a dormir melhor.

3. Fortalece os laços sociais e o senso de pertencimento
Ser gentil aproxima as pessoas. Pequenas atitudes positivas geram confiança e reciprocidade, o que faz com que nos sintamos mais acolhidos e menos sozinhos, um fator importante para a saúde mental.
4. Melhora a autoestima e o propósito de vida
Quando ajudamos alguém, nos sentimos úteis e importantes. Isso fortalece a autoestima, dá um sentido maior às nossas ações e reforça a percepção de que somos capazes de causar impacto positivo no mundo.
5. Aumenta a resiliência emocional
Pessoas gentis tendem a lidar melhor com frustrações e conflitos, pois cultivam empatia e compaixão. Essas habilidades protegem a mente contra sentimentos negativos, como raiva e ressentimento, e favorecem o equilíbrio emocional.
6. Melhora a saúde cardiovascular
Praticar a gentileza traz benefícios diretos ao coração. A redução do estresse e o aumento da produção de ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, promovem vasodilatação e ajudam a regular a pressão arterial, favorecendo a circulação e protegendo o sistema cardiovascular.
Além disso, pessoas que cultivam atitudes gentis relatam maior satisfação com a vida, menos sintomas de ansiedade e estresse e menor incidência de doenças cardíacas, o que contribui para uma maior longevidade e bem-estar geral.
Por Beatriz Felicio