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7 dicas para vencer o bloqueio criativo para a escrita de histórias

A escrita é uma paixão para muitos, porém criar um texto nem sempre é fácil, principalmente quando o bloqueio criativo interfere nessa jornada. Mas engana-se quem acredita que o fenômeno só atinge aspirantes. Escritores experientes também podem ser afetados; a diferença é que muitos já conhecem algumas manobras para driblar o problema. Este é justamente […]

12 de março de 2024

Reportagem de: Edicase Conteúdo

A escrita é uma paixão para muitos, porém criar um texto nem sempre é fácil, principalmente quando o bloqueio criativo interfere nessa jornada. Mas engana-se quem acredita que o fenômeno só atinge aspirantes. Escritores experientes também podem ser afetados; a diferença é que muitos já conhecem algumas manobras para driblar o problema.

Este é justamente o tema do livro “Recife é o meu nome”, da renomada autora e doutora em escrita criativa Patricia Tenório, que oferece ideias valiosas para superar esse desafio e iniciar o processo de escrita com confiança.

Na obra, ela une sua expertise em escrita criativa com uma narrativa envolvente. Dividido em doze cativantes capítulos, o livro não só fornece orientações valiosas para despertar a criatividade, mas também conta uma emocionante história.

A seguir, ela lista algumas sugestões que podem te ajudar a vencer o bloqueio criativo. Confira!

1. Observe os ambientes

Para Patricia, que se dedica à literatura e aos estudos da escrita criativa há duas décadas, um dos primeiros passos para dar início a um novo texto é buscar observar o cotidiano ao seu redor, seja em um café, em uma padaria ou, até mesmo, em um parque. “Capte uma cena que impressione você. Por exemplo, uma garçonete encostada no balcão de um café olhando para o vazio, e comece, imediatamente, a escrever o texto”, recomenda a especialista.

2. Crie personagens em uma realidade alternativa

No início, pode ser difícil criar uma realidade completamente oposta às suas vivências. Para facilitar o processo criativo da sua narrativa, a autora sugere trazer para os seus personagens situações que você mesmo gostaria de viver, mas que, fora do contexto da história, não seria possível. Portanto, a dica de Patricia é fazer os personagens principais ou secundários viverem possibilidades suas que, de outra forma, nunca viveria.

3. Busque referências

Como a pernambucana relembra, sua formação inicial não era nos grandes clássicos: “Apesar de gostar de alguns como Cecília Meireles e Vinícius de Moraes, lia mais Agatha Christie, Sidney Sheldon”, relata. Por isso, sua sugestão para o leitor é se aprofundar no tema e gênero literário que está escrevendo. A ideia é se pautar do máximo de conhecimento possível, ler livros, artigos, poemas relacionados ao tema.

Senhora de cabelos brancos e cursos escrevendo em um papel
Criar um contexto histórico evita desarmonia no texto (Imagem: Ollyy | Shutterstock)

4. Crie um contexto histórico

A autora, que também oferece diversos cursos de escrita em seu site e canal do YouTube, explica que toda história precisa de um começo, meio e fim, o que inclui criar um contexto histórico para a trama e personagens que a compõem. Logo, procure se lembrar da linha do tempo da sua narrativa: “Ancore-se no presente, mas não se esqueça nunca do passado, nem de vislumbrar o que vai acontecer no futuro de sua história”, explica.

5. Persista

O processo de escrita também pode passar por momentos de desânimo, mas, para Patricia, não se deve deixar abater: “Não desista da escrita, mesmo se estiver na metade do texto e as ideias se esvaziarem”, reforça a autora. Redigir um texto envolve empenho e, principalmente, constância. Quanto mais você escrever, mais sua criatividade irá aflorar para narrativas futuras.

6. Mantenha a constância

A repetição nos ajuda a aprimorar; na escrita, não é diferente. “Escreva todos os dias, não importa o horário e a quantidade. Divida o texto em partes, capítulos ou pausas, para ir conhecendo melhor os personagens. Trace perfis físicos e psicológicos dos personagens principais, com histórias anteriores da família. Você pode começar a escrever no papel e depois passar para o computador ou vice-versa. No computador, salve versões diárias e datadas do que escrever”, sugere a profissional.

7. Estabeleça um processo de imersão

Patricia reforça a importância da imersão para que a história flua. “Leia livros, artigos, poemas relacionados ao tema do texto que está escrevendo. Escute músicas, assista a filmes, toque as pétalas de uma flor. Aspire aromas, experimente iguarias. Provoque os cinco sentidos para que o texto se torne mais real e interessante”, conclui.

Por Felipe Sá

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