Veja os temas de geopolítica que podem ser cobrados no Enem
O estudo da geopolítica exige que o aluno saiba analisar como países e regiões interagem, considerando poder, economia e cultura. Para os estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), compreender essas relações ajuda a interpretar conflitos internacionais, acordos comerciais e movimentos sociais, tornando mais clara a leitura de mapas, gráficos […]
28/10/2025 19h00, Atualizado há 24 horas
O estudo da geopolítica exige que o aluno saiba analisar como países e regiões interagem, considerando poder, economia e cultura. Para os estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), compreender essas relações ajuda a interpretar conflitos internacionais, acordos comerciais e movimentos sociais, tornando mais clara a leitura de mapas, gráficos e textos.
“Para 2025, o Enem deve manter o foco em mudanças climáticas, transição energética e migrações forçadas — temas com forte impacto no Brasil e relevância global”, afirma Camila Feitosa, coordenadora de História do Elite Rede de Ensino. Segundo ela, conflitos como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio podem aparecer como ponto de partida para discutir disputa por recursos, energia e soberania, e não como atualidades isoladas.
A coordenadora de Geografia, Juliana Przybysz, aponta que a prova deve enfatizar questões ligadas à Ásia, como no Oriente Médio e na região da Caxemira, acordos internacionais e mudanças climáticas. “Podemos esperar um foco maior nos acordos entre o Mercosul e a União Europeia, na discussão sobre a fragilidade dos Estados Unidos e nas tensões que envolvem potências como Irã, Israel e Índia. O Enem costuma cobrar a capacidade de relacionar fatos históricos com o cenário geopolítico atual”, explica.
Temas centrais da geopolítica contemporânea
Juliana Przybysz também destaca o avanço tecnológico como tema central da geopolítica contemporânea, com impacto direto no Enem. “As disputas entre EUA e China por inteligência artificial e domínio das terras raras — insumos essenciais para a indústria 4.0 — têm grande chance de aparecer. O Brasil também ganha destaque por possuir a segunda maior reserva mundial desses elementos estratégicos”, observa.
Além das relações internacionais, o papel do Brasil como potência regional e líder ambiental deve ser valorizado. A COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) em Belém, a diplomacia Sul-Sul e a integração latino-americana estão entre as apostas. “O Enem cobra análise, não memorização. O candidato precisa compreender as causas e as consequências dos fenômenos e o papel do país nesse contexto”, completa a coordenadora de História.

Estudo eficiente para o Enem
Para estudar de forma eficiente, Juliana Przybysz recomenda priorizar cartografia, mapas e gráficos, já que o exame valoriza a interpretação visual. “[…] O estudante precisa saber ler e interpretar mapas e compreender as relações espaciais. Além disso, é importante acompanhar podcasts como ‘Xadrez Verbal’ e ‘África em Pauta’, e ler veículos internacionais como The Guardian, New York Times e Al Jazeera“, orienta.
Entre os erros mais comuns, as especialistas citam a falta de acompanhamento dos cenários atuais e o uso de fontes pouco confiáveis. “A geopolítica exige atualização e entendimento histórico. A dica é estudar os temas por continente, compreendendo as relações entre poder, território, economia e globalização”, reforça a coordenadora de Geografia.
E qual seria a dica de ouro? “Enxergue além da notícia. Cada questão pede que o estudante relacione causa, consequência e impacto global. Essa leitura crítica é o que garante segurança na hora da prova”, conclui Camila Feitosa.
Temas de geopolítica no Enem 2025
Abaixo, as especialistas listam os temas com maior chance de aparecer nas questões de geopolítica do Enem:
- Mudanças climáticas, Acordo de Paris e COP30 (Belém);
- Conflitos no Oriente Médio (Irã, Israel e Palestina) e na região da Caxemira;
- Globalização, blocos econômicos e BRICS;
- Corrida tecnológica e disputa por inteligência artificial;
- Terras raras e transição energética;
- Migrações e crises humanitárias;
- Urbanização e segregação socioespacial.
Por Aline Pontes