Após hiato de 7 meses, Teatro Vasques voltará a receber o público
Em 118 anos de história, o Teatro Vasques não havia experimentado ficar fechado por tanto tempo. Foram sete meses sem receber espetáculos. Sete meses sem público. Mas o hiato já tem data para terminar: dia 7 de novembro, quando o Centro Cultural de Mogi também voltará a funcionar, agora com todas as restrições exigidas pela […]
23/10/2020 14h51, Atualizado há 61 meses
Em 118 anos de história, o Teatro Vasques não havia experimentado ficar fechado por tanto tempo. Foram sete meses sem receber espetáculos. Sete meses sem público. Mas o hiato já tem data para terminar: dia 7 de novembro, quando o Centro Cultural de Mogi também voltará a funcionar, agora com todas as restrições exigidas pela pandemia.
Vasques pronto para o público
“É um privilégio”, como diz José Aparecido de Campos, o Zezinho, auxiliar de apoio administrativo que trabalha no Teatro Vasques, que Mogi tenha um espaço como esse. Privilégio maior ainda é abrir as portas ao público depois de sete meses sem receber espetáculos, o que acontecerá no próximo dia 7 de novembro.
As regras de funcionamento precisaram ser adaptadas para a realidade pandêmica. Dos 303 lugares do Vasques, somente 103 poderão ser utilizados, sempre com o “distanciamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas e uso obrigatório de máscaras”, além da “higienização das mãos”.
Quem explica os detalhes do retorno do Vasques e também do Centro Cultural é o secretário municipal de Cultura e Turismo, Mateus Sartori.
As novidades vão além da segurança e distanciamento social. “Sempre que houver viabilidade técnica, as atrações serão transmitidas online, para permitir que mais pessoas tenham acesso”, promete Sartori, que explica que artistas e grupos que tiveram datas canceladas já podem procurar a Pasta para reagendar ou para agendar gravações direto do palco. “Também já está publicado o edital para ocupação do Vasques no período de fevereiro a junho de 2021”, completa.
Se o secretário e sua equipe dão apoio para questões mais burocráticas, é Zezinho quem volta a ajudar os trabalhadores da cultura de maneira prática. Responsável pela iluminação do Vasques, é ele quem abre as portas do local, recebe os artistas e o público.
Para o mogiano, que acumula 38 anos de serviços prestados no mesmo endereço, nenhum outro período foi tão desafiador quanto a pandemia de Covid-19 para o centenário prédio localizado ao número 515 da Rua Dr. Corrêa. “Nem mesmo a ditadura”, afirma.
A solução para dar a volta por cima consiste em medidas simples, como impedir que as pessoas usem assentos muitos próximos ou não acessem de maneira direta o acervo de livros da biblioteca. “Nunca ficamos sem plateia, sem aplausos, sem espetáculos.”, finaliza Zezinho, que define o momento de reabertura com a palavra “gratidão”.
É importante, porém, não esquecer de todos os “novos hábitos e protocolos”, como frisa Sartori. “Estamos animados para essa retomada, mas sempre lembrando a todos que infelizmente a pandemia não acabou”.
Centro Cultural também retorna
No primeiro andar do Centro Cultural de Mogi será possível apreciar, já a partir do dia 7, todas as peças que compõem o 7º Salão de Artes Plásticas. Já no segundo andar, a sala multiuso ‘Wilma Ramos’ receberá eventos de pequeno porte e também está disponível, assim como o Vasques, para gravações de conteúdos digitais, mediante agendamento. E no terceiro pavilhão, a Biblioteca estará de volta no dia 10, com livros ficando 24 horas em quarentena após a devolução.
Outros espaços
O CEU das Artes já está de volta. A Casa do Hip Hop só em 2021. Não há previsão para os museus, que passarão por reformas em breve.