Artistas de Mogi têm até sexta para se inscrever no Festival ‘Teima’

Artistas de Mogi das Cruzes têm até as 18 horas desta sexta-feira, dia 29, para se inscrever na segunda edição do ‘Teima – Festival de Artes Online’, que será transmitido ao vivo nos dias 6, 13 e 20 de março.

Podem participar representantes das mais diversas modalidades. Com 15 horas de duração, a agenda exibirá performances teatrais, de música e dança. Também haverá contação de histórias, literatura, circo e a mostra “curta-peça-metragem” (que mescla teatro com a linguagem cinematográfica).

Resultado de uma parceria entre três produtoras paulistas (Ventania Cultural, Cotiara Produtora e a RIMA Coletiva), o festival “surgiu como um pulso, uma forma de renascimento em tempos obscuros”.
O evento é realizado pelo Edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc Nº 40/2020, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

A segunda edição amplia o tamanho em horas, em dias e em número de trabalhos e “democratiza a participação com um chamamento público para 29 artistas”. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site www.teimafestival.com.br.

Os selecionados recebem um cachê que varia de R$ 1,4 mil a R$ 3,8 mil e terão seus nomes divulgados no dia 10 de fevereiro, no site e redes sociais do Festival. 

Podem se inscrever artistas de todo o Estado, sendo que 40% das vagas serão destinadas para projetos vindos do interior e litoral. A reserva pretende abrir espaço para produções de fora da capital e visibilizar estes artistas.

Diferente da primeira, esta edição é gratuita ao público e terá tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) em toda sua programação, “a fim de democratizar o acesso de diferentes públicos”.

Um “respiro”
Teima, por definição, significa perseverança, obstinação ao perseguir um objetivo. “No ano em que a vida estacou para conter a pandemia de Covid-19, e testemunhamos teatros, salas de espetáculo, cinemas e centros culturais cerrarem as portas por tempo indeterminado, esse curto e potente substantivo feminino se impôs. Não apenas como o nome da iniciativa que nascia, mas como imperativo de continuidade”, dizem as organizadoras da agenda. 

Elas levantaram vários questionamentos. Entre eles, “por que fazer Arte? Por que insistir em imaginar, criar, produzir em um terreno que já era árido antes da pandemia, agora, graças à escassez de políticas públicas, a um governo insólito e ao isolamento social torna-se ainda mais intrincado?”.

E as respostas vieram em forma de evento, o Teima. “Acreditamos que elas só são compreendidas quando estamos em coletivo, mesmo que através da tela, e fazendo o que nos diferencia como humanos: o ato de imaginar, de plasmar-se à experiência do outro através da ficção e da narrativa, de dialogar sensorialmente, extrapolando a dimensão racional da comunicação”, dizem. 

Deste “pulso de nascer e renascer em tempos obscuros, e de um substantivo feminino”, seis mulheres artistas e produtoras criaram o Teima – Festival de Artes Online, como resposta “ao tempo presente e como um canal necessário de trocas entre artistas de diversas linguagens e o público, também ávido por um respiro”.

As 12 horas ininterruptas de programação da 1ª edição , realizada em 15 de agosto de 2020, “nasceram do trabalho aguerrido de uma equipe composta só de mulheres, que sem aporte financeiro nenhum, levantou um festival online, com ingressos pagos e receita destinada a instituições como SATED, Cia da Revista e Grupo Clariô”.