Cícera, monólogo do Contadores de Mentira, está em cartaz neste fim de semana em Suzano
Em Suzano, o grupo Contadores de Mentira apresenta em sua sede neste sábado (8), às 20 h, e domingo (9), às 19 h, a obra “Cícera”, um monólogo que tem percorrido palcos do estado e do País, além de cidades da Dinamarca, Espanha e Peru. O espetáculo recorre à história de Cícera, uma alagadoana que […]
Reportagem de: O Diário
Em Suzano, o grupo Contadores de Mentira apresenta em sua sede neste sábado (8), às 20 h, e domingo (9), às 19 h, a obra “Cícera”, um monólogo que tem percorrido palcos do estado e do País, além de cidades da Dinamarca, Espanha e Peru. O espetáculo recorre à história de Cícera, uma alagadoana que chega a São Paulo com um punhado de farinha, 4 filhas e o sonho de uma vida melhor, e muito fala sobre trajetória vivida pela mulher retirante.
Em São Paulo, a personagem encontra dureza, concreto, fome e saudade. “Cícera” é a história de uma mulher, mas se encaixa na biografia centenas de mulheres retirantes que deixam suas raízes na busca por igualdade social, segundo ilustra a sinopse.
Estão, na personagem, a anciã, a jovem, a desbravadora, a mãe, a trabalhadora, a mulher que luta por seus direitos. “Atravessada por cantos de trabalho, relatos e memórias a obra apresenta uma mulher nordestina em ponto de ebulição, que dança e saúda sua caminhada”, indica a apresentação.
O público irá acompanhar uma “mulher nordestina afro-indígena, que sai de sua terra em busca de oportunidades e melhores condições de vida. Cícera é a união de muitas mulheres, mais velhas e mais novas, que ainda sofrem com a invizibilização de seus problemas e de suas existências”.
Temos pontuais e como nunca enlaçam o monológo – o analfabetismo, a exploração, a fome, o desemprego, e a desigualdade, uma realidade de boa parte das mulheres e homens que migram do nordeste do país para as grandes capitais do Sudeste.
Com um sabor a mais: Cícera apresenta uma mulher nordestina crítica ao seu tempo, que sabe de suas lutas e se indigna com retrocessos.
Neste trabalo, o Contadores de Mentira, que se deidca ao estudo de um “teatro de rito”, voltou atençao ao estado de Alagoas, cidade natal da “Cícera”, um estado pouco conhecido e pouco valorizado no país em suas tradições.
“Para a obra a pesquisa se concentrou nas tradições do “Guerreiro”, nos “Cantos de trabalho das destaladeiras de fumo” e na cultura indígena do povo Xucuru Kariri”, informa o grupo.
“Os Contadores de Mentira se dedicam ao estudo de um Teatro de Rito que se encontra com a antropologia teatral. Por meio do conceito que desenvolvem, intitulado ‘Metáfora, rito e celebração’ buscam traduzir suas inquietações e temas por meio de um corpo que dança, canta e compõe ritos para interpretar”.
No trabalho de campo para compor o monólogo, o grupo foi a Alagoras, se encontrou com brincantes de “Guerreiro” e com mulheres trabalhadoras do roçado de fumo. T
Visitaram a povo Xucuru-Kariri, foram a cidades do sul do estado, da região central e do agreste. Dessa incursão, surgiram informações, depoimentos, cantos, histórias e foram atravessados pelas cores e profundidade cultural desses povos.
As apresentações serão, sábado dia 08, às 20h, e domingo 09 às 19h, no Teatro Contadores de Mentira que fica no Parque Maria Helena em Suzano, próximo à estação de trem.
Serviço:
Onde: Teatro Contadores de Mentira – Rua Maria de Lourdes Molina Vieira, 42. Pq Maria Helena – Suzano
Quando: 08 e 09 de abril
Ingressos: R$25,00 (meia para estudantes e melhor idade)
Informações e compra antecipada pelo WhatsApp: 96185-6004, ou Instagram @contadoresdementira. (acesse e saiba mais)