Veja a trajetória do Mogi Basquete até a final do Paulista após quase uma década
Equipe mogiana encerrou a fase classificatória na segunda colocação geral da competição, avançou às finais e, agora, tenta reconquistar o campeonato estadual após nove anos
05/10/2025 15h14, Atualizado há 1 mês
Mogi Basquete chegou À final após virada histórica | Willian Oliveira
Depois de quase uma década longe das decisões, o Mogi Basquete voltou a disputar uma final do Campeonato Paulista. A equipe garantiu a vaga ao eliminar o Pinheiros na semifinal e chega embalada à série decisiva contra o Franca, que começa nesta segunda-feira (6/10), no Ginásio Hugo Ramos, o Hugão, às 20h.
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O Mogi Basquete iniciou a temporada com um elenco reformulado e terminou a primeira fase com a segunda melhor campanha geral. A equipe mogiana encerrou a fase de classificação com sete vitórias em dez jogos, ficando atrás apenas do Franca, que somou oito triunfos.
Com o desempenho, o time comandado por Fernando Penna se garantiu no Grupo A da etapa de realinhamento, ao lado de Franca, Corinthians, Bauru e São José (as cinco melhores campanhas da primeira fase). Enquanto isso, Pinheiros, Paulistano, Rio Claro, Liga Sorocabana, Osasco e Limeira formaram o Grupo B, disputando as três vagas restantes nos playoffs.
Caminho
O sistema de disputa do realinhamento manteve o equilíbrio entre os clubes. As equipes do Grupo A jogaram entre si em turno único, com mando de quadra invertido em relação à primeira fase, enquanto o Grupo B definiu seus classificados para as quartas de final. O formato garantiu mais jogos de alto nível antes do mata-mata e testou a consistência dos times que brigavam pelo título.
O bom desempenho garantiu o mando de quadra nas etapas eliminatórias e reforçou a confiança do grupo sob o comando do técnico Fernando Penna. Durante essa etapa, o time se destacou pela consistência defensiva e pela regularidade nos arremessos de média distância.
Nas quartas, o adversário foi o Paulistano. A série começou com derrota por 74 a 63 fora de casa, mas o Mogi reagiu diante da torcida no jogo 2, vencendo por 65 a 61. No confronto decisivo, o time controlou o ritmo desde o início e venceu por 86 a 67, assegurando vaga nas semifinais e mostrando evolução em relação à primeira partida.
O desafio seguinte foi contra o Pinheiros. No primeiro jogo, em São Paulo, o Mogi abriu vantagem com vitória por 75 a 57, em atuação segura e coletiva. No segundo confronto, o jogo ganhou contornos dramáticos: a equipe esteve atrás no placar até os segundos finais, quando Duane Johnson converteu uma bola de três pontos que levou o duelo à prorrogação. No tempo extra, o Mogi manteve o controle e fechou em 98 a 87, garantindo a vaga na final.
O técnico Fernando Penna destacou a postura da equipe nos momentos de pressão.
“O grupo mostrou maturidade e manteve a calma quando o jogo parecia escapar. Esse equilíbrio fez a diferença”, afirmou em entrevista após a classificação.
O adversário da decisão é o Sesi Franca, atual campeão, que eliminou o São José na outra semifinal. A final será disputada em série melhor de cinco jogos. O primeiro confronto ocorrerá em Mogi das Cruzes, no Ginásio Municipal Hugo Ramos, o Hugão, e os ingressos foram esgotados em menos de 24 horas. A expectativa é que 4,6 mil torcedores estejam presentes.
Sociedade Anônima
Em 2025, o Mogi Basquete iniciou uma nova fase ao adotar o modelo de Sociedade Anônima do Basquete (SAB), com o objetivo de profissionalizar a gestão do clube e garantir maior transparência e sustentabilidade financeira.

A All Sports, empresa especializada em gestão esportiva, assumiu a administração do time por meio da SAB, estabelecendo uma parceria estratégica com a Associação Desportiva Mogi das Cruzes, entidade sem fins lucrativos que anteriormente gerenciava o clube Mogi Basquete.
A mudança administrativa também trouxe melhorias estruturais significativas. Investimentos de R$ 400 mil foram direcionados ao Ginásio Hugo Ramos, incluindo reformas no teto, instalação de painéis de LED e melhorias no alojamento dos atletas.