A vitória que escapou no primeiro turno
Um estudo feito por uma empresa especializada em números eleitorais indica que o atual prefeito Marcus Melo (PSDB) poderia ter vencido as eleições municipais passadas logo no primeiro turno e evitado a verdadeira avalanche de votos contrários de eleitores envolvidos por um avassalador sentimento de mudança, que tomou conta da maioria dos mogianos e assegurou […]
Reportagem de: O Diário
Um estudo feito por uma empresa especializada em números eleitorais indica que o atual prefeito Marcus Melo (PSDB) poderia ter vencido as eleições municipais passadas logo no primeiro turno e evitado a verdadeira avalanche de votos contrários de eleitores envolvidos por um avassalador sentimento de mudança, que tomou conta da maioria dos mogianos e assegurou uma tranquila vitória a seu adversário Caio Cunha (PODE). O estudo indica que a eleição de Melo foi perdida ainda durante o primeiro turno, caso os vereadores de sua coligação tivessem se empenhado mais em favor do candidato a prefeito que encabeçava a chapa. A avaliação mostra que mesmo a coligação elegendo 17 vereadores e recebendo um total de 138.342 votos para as vagas no Legislativo, foram destinados somente 81.555 votos ao candidato a prefeito do grupo. Com isso, Marcus Melo teve uma perda de 56.787 votos e um desvio percentual de 41,05% para menos. A coligação de Caio Cunha (PODE), segundo colocado, alcançou 27.807 votos e elegeu apenas quatro vereadores. No entanto, o candidato a prefeito obteve 54.591 votos, com um ganho de 26.784 eleitores, com um desvio percentual de 96,32% para mais. O estudo mostra ainda que as três coligações rivais somaram 104.891 votos para prefeito, ganhando 53.723 eleitores em relação aos 51.168 votos para vereadores, uma variação de 104,99% para mais. Em efeitos práticos- diz o levantamento -, “a coligação do atual prefeito, preocupada em eleger seus vereadores, permitiu o avanço dos rivais em seu eleitorado”, concluindo que “as pesquisas não estavam totalmente erradas: a base de apoio do segundo colocado (Caio Cunha) era de apenas 20,10% da base do prefeito”. Portanto, diz a análise, se o eleitorado da coligação tivesse votado em Melo, seria uma eleição em primeiro turno, com 71,80% dos votos para o prefeito. Analisando estes número, o estudo conclui que a perda de eleitorado do prefeito foi praticamente igual ao ganho dos rivais. E vai mais além, ao mostrar o motivo: “cada candidato se preocupou com sua própria eleição, provavelmente acreditando que o prefeito já estivesse reeleito, ou mais preocupado com os acontecimentos recentes na Câmara , que desgastaram a imagem da figura do vereador junto ao eleitorado, e exigiram esforços maiores para obtenção de votos”. Portanto, a briga de Marcus Melo no segundo turno não deveria ser para tirar votos de Caio Cunha, mas reaver os votos dos próprios candidatos da legenda. A ordem era essa: “Se você votou no fulando, agora vote no Marcus Melo”. A estratégia só não contava com o desejo incontrolável de mudança que tomou conta da população entre o primeiro e segundo turnos. O resultado todos já conhecem.
Disque-Suzuki
Após passar as últimas décadas na Prefeitura de Mogi, o atual responsável pela Comunicação do prefeito Marcus Melo, o competente jornalista Luiz Suzuki pretende dar uma guinada em sua vida profissional. Buscando dar a si próprio um descanso depois de atuar por tanto tempo num setor de grande agitação, responsabilidade e cobranças, ele vai voltar às origens e já está buscando um imóvel para locação, no centro de Suzano, onde pretende montar um sacolão para venda de produtos hortifrutigranjeiros. Suzuki, que já foi feirante, quando garoto, conhece bem o setor e vai se valer do apoio de outros membros da família que atuam diretamente nesta área do mercado.
Convites
Ao final do segundo turno das eleições municipais deste ano, o prefeito Marcus Melo teria recebido convites para trocar o atual PSDB por mais de uma agremiação partidária. Aos interlocutores, o prefeito diz que se sente honrado com os convites, mas que, pelo menos por enquanto, não tem pretensão de se mudar para outro partido. Vai permanecer no tucanato, mas ainda não decidiu sobre o seu futuro. Sua única certeza, a essa altura do jogo, é que não deverá deixar a política, um sinal que tanto pode indicar a intenção de se candidatar a deputado federal ou estadual daqui a dois anos, ou esperar um possível desgaste do sucessor para voltar à Prefeitura , em 2024.
A caminho de Arujá
Um dos mais eficientes técnicos da atual administração, o secretário de Gestão, mogiano Marcos Regueiro, está de malas prontas para Arujá, onde deverá participar do governo do prefeito eleito, Luís Antonio de Camargo (PSD). Funcionário de carreira da Prefeitura de Mogi, Regueiro cuidou, na atual administração, de setores como Departamento de Compras, RH, Tecnologia da Informação, Pronto-Atendimento ao Cidadão (PAC), bem como dos serviços de administração dos bens patrimoniais do município e qualificação dos servidores públicos. Advogado e pós-graduado em Direito do Trabalho e em Direito Público Municipal, ele irá se licenciar de Mogi para ser o secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Arujá.