Ambulantes aproveitam Mogi-Dutra parada para vender os seus produtos

Reportagem de: O Diário

A saga diária enfrentada pelos motoristas que deixam Mogi das Cruzes pela Mogi-Dutra, devido às obras de recuperação do pavimento, transformou-se em uma oportunidade inusitada para alguns ambulantes.

Nos horários de pico, o trânsito na Mogi-Dutra se torna um desafio, formando filas extensas. Aproveitando a lentidão, um grupo de ambulantes se posiciona entre os carros, oferecendo biscoitos, bolachas, salgados e até bebidas a preços que variam de R$ 2 a R$ 10.

Nesta quarta-feira (20), a cena se repetiu, com os vendedores ambulantes enfrentando o congestionamento para atender os motoristas. Páginas locais de fofocas compartilharam nas redes sociais relatos de até uma hora de demora para percorrer um trecho de apenas 10 km.

Enquanto os ambulantes encontram uma oportunidade de renda nas dificuldades do trânsito, a população questiona a necessidade das obras na rodovia. Há críticas sobre a demora e a possível implantação de pedágios, conforme previsto no edital de concessão do Lote Litoral.

Em resposta às críticas, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) divulgou uma nota no último dia 30, esclarecendo que está investindo R$ 41 milhões na conservação especial da Rodovia Pedro Eroles (SP 088), conhecida como Mogi-Dutra. As obras de restauração do pavimento se estendem por 8,8 km, do km 40 ao 49, entre a Rodovia Ayrton Senna e o município de Mogi das Cruzes.

Os trabalhos, que começaram em 30 de outubro, têm previsão de 12 meses e incluem fresagem, recomposição e reparos profundos no pavimento. Para garantir a segurança, bloqueios de faixas são necessários, conforme a sinalização seguindo as normas estabelecidas. A nota destaca que o objetivo é proporcionar mais conforto e segurança no tráfego de veículos, apesar dos transtornos temporários causados pelas intervenções.