Amigos lamentam a morte de José Maria Louzao, o Zé Maria da Moto, aos 68 anos
Conhecido pela paixão pelo motociclistmo, José Maria Bacach Louzao, o Zé Maria da Moto, como era conhecido, faleceu aos 68 anos, no domingo (20). Ele será sepultado nesta segunda-feira ( 21), às 15h30, no Cemitério Parque das Oliveiras, onde foi velado por familiares e amigos. Desde o domingo, diversos posts em redes sociais lamentam a […]
Reportagem de: O Diário
Conhecido pela paixão pelo motociclistmo, José Maria Bacach Louzao, o Zé Maria da Moto, como era conhecido, faleceu aos 68 anos, no domingo (20). Ele será sepultado nesta segunda-feira ( 21), às 15h30, no Cemitério Parque das Oliveiras, onde foi velado por familiares e amigos.
Desde o domingo, diversos posts em redes sociais lamentam a morte do mogiano, que enfrentou um câncer no esôfago, e residia em Ubatuba.
O arquiteto Paulo Pinhal contou um pouco da vida do empresário e motociclista que fez história em Mogi das Cruzes, a partir dos anos 1970.
Registros foram lembrados por outras pessoas que o conheceram por causa da mesma paixão: a moto.
Pinhal lembra:” Nos anos 70, aos 16 anos, comprei com meu salário, minha primeira moto, uma Yamaha AS1 importada, e assim me adentrei no emocionante mundo das motocicletas. Conheci muitas pessoas interessantes nessa jornada, e entre elas estava Zé Maria, um motociclista que conquistou minha simpatia desde o primeiro encontro. Ele era ousado e possuía uma CB 350 verde, carinhosamente apelidada de “Gisele”. Sua destreza na condução da moto o tornou uma figura notável na cidade”
Zé Maria participou da competição “24 horas de Interlagos”, no Autodromo de Interlagos, em São Paulo.
“Na época, eu já estava com 17 anos e sentia orgulho em conhecer alguém tão envolvido neste prestigiado evento. Eu ia para Interlagos, até mesmo acampando dentro do Autódromo, embora estivesse incerto se essa prática era permitida. Era a minha forma de apoiar Zé Maria, que estava pilotando uma RD350”.
Certa vez, Pinhal o encontrou, em Interlgados, deitado e muito pálido. Depois de uma verdadeira aventura, após pular um alambrado para ficar mais perto dos corredores, reconta o arquiteto, “encontrei o Zé Maria, deitado e com um aspecto pálido. Preocupado, perguntei o que havia acontecido. Ele explicou que uma forte disenteria o atingiu, mas ele estava tomando remédios e pretendia voltar para a corrida. Foi emocionante vê-lo nesse contexto, conhecer os bastidores da competição e testemunhar a força de vontade dos pilotos”.
“Com pesar, hoje prestamos nossa última homenagem a Zé Maria. Seu espírito intrépido e paixão pelas motocicletas marcaram profundamente a todos nós que tivemos o privilégio de conhecê-lo. Desde aquela época nostálgica nos anos 70, quando suas proezas nas pistas de Interlagos eram motivo de orgulho, até hoje, seu nome ecoará entre as histórias compartilhadas e as lembranças vividas.
Adeus, Zé Maria, nosso amigo motociclista. Que a estrada à frente seja tão emocionante quanto as que você percorreu em vida. Até um dia, em algum lugar onde as curvas são suaves e as paisagens são eternas”, encerrou o amigo em um post que recebeu diversos outros comentários de pessoas que acompanharam a trajetória de Zé Maria.
Fotografias postadas por mogianos, como a jornalista Vanice Assaz, fazem um inventário de Zé Maria em diferentes épocas de sua vida. Grupos como o Arquivo Mogiano também registraram a partida do mogiano.