Aos 97 anos, Nobolo Mori dá exemplo de vitalidade na “Veja”
A edição da revista “Veja” que chega nesta final de semana às bancas traz uma interessante reportagem com os nonagenários ativos e saudáveis, indicando que, segundo uma pesquisa, isso é possível para quem tem otimismo, senso de propósito e eterna curiosidade. Um dos personagens mostrados pela publicação é o médico mogiano Nobolo Mori, fundador do […]
Reportagem de: O Diário
A edição da revista “Veja” que chega nesta final de semana às bancas traz uma interessante reportagem com os nonagenários ativos e saudáveis, indicando que, segundo uma pesquisa, isso é possível para quem tem otimismo, senso de propósito e eterna curiosidade.
Um dos personagens mostrados pela publicação é o médico mogiano Nobolo Mori, fundador do Hospital Ipiranga, e que até o começo da pandemia, ainda clinicava, atendendo 20 pacientes por dia, em seu consultório, no hospital.
Nobolo, que já foi vice-prefeito de Mogi e continua esbanjando saúde e savoir-vivre, está com 97 anos, jogando golfe de segunda a segunda. E com muitos planos, entre eles, chegar até os 120 anos.
E se depender da torcida deste colunista, ele irá muito, mas muito além disso.
Click!
Referência de vida saudável, o médico Nobolo Mori foi retratado para a reportagem da “Veja” pelo fotógrafo mogiano Claudio Gatti , que está entre os finalistas do Prêmio Comunique-se, na categoria Repórter de Imagem ( votem nele!).
A foto que acompanha este texto é mais um trabalho de Gatti, feito com exclusividade, para esta coluna.
Mulheres de César
Mais uma de Jânio Quadros, enviada à coluna pelo leitor Euclydes Campos, o Clidão.
Esta se passou em Mogi, na época em que o político pertencia ao PTB, partido dirigido na cidade por um presidente que enfrentava sérias acusações na Justiça.
Jânio viria à cidade, ficou sabendo da história. E, antes, enviou o seguinte bilhete a Ivete Vargas, presidente nacional do partido:
“Presidente Ivete Vargas: os jornais de Mogi das Cruzes noticiam que o advogado presidente do PTB, naquela cidade, poderá ser indiciado por co-autoria em crime de assalto. Não convém, no momento, discutir a acusação. Os que estão no PTB devem ser ‘Mulheres de César’. Solicito de V.Excia. pedir o afastamento desse presidente, até que se comprove sua inocência, na qual espero com a ajuda da verdade. Entrementes, não pode continuar na direção de nosso partido. Do patrício – (as.) Jânio Quadros”.
Antes que Ivete levasse a cabo a sugestão, o candidato Jânio Quadros veio a Mogi e anunciou, numa entrevista, no gabinete do então prefeito, Waldemar Costa Filho, que o recebeu com honras de presidente da República: se o presidente do PTB subisse no palaque, ele desceria e iria embora na mesma hora.
Houve comício, Jânio discursou e o presidente petebista não apareceu.
Ah, e quanto às “Mulheres de César”, invocadas por ele no bilhete a Ivete Vargas, vale lembrar queera uma referência a um provérbio antigo, originário dos tempos romanos, segundo o qual, “às mulheres de César não bastam ser honestas; mas precisam parecer honestas”.
Com os bolsos lotados
Padre Melo era deputado federal e financiador-mór de campanhas eleitorais na cidade.
Atendia aos aliados em seu gabinete, na Reitoria da UMC.
Era lá que, toda semana, ele recebia um conhecido vereador bonachão, cuja campanha mais parecia um saco sem fundo.
Irritado com o gastador, numa sexta-feira Melo pediu ao tesoureiro da campanha que compusesse a caixinha do tal com as cédulas de menor valor e moedas idem.
O vereador se viu obrigado a encher os bolsos de suas largas calças para conseguir carregar toda aquela dinheirama, que não valia sequer um quinto do seu peso.
E foi assim, segurando as calçadas com as duas mãos, que ele percorreu parte da cidade até chegar à sua casa.
Pouco adiantou: na outra semana, lá estava ele, de novo, batendo à porta do reitor.