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Após denúncia de assédio, vereadora diz que vai concorrer à presidência

A vereadora Maria Luiza Fernandes, a Malu (SD) decidiu entrar na disputa pela presidência da Câmara de Mogi, após o episódio em que denunciou ter sido vítima de suposto assédio moral de parte do secretário municipal adjunto de Governo, Rubens Pedro de Oliveira. Ele nega ter sido autor de ameaças à vereadora por ela estar […]

15 de novembro de 2022

Reportagem de: O Diário

A vereadora Maria Luiza Fernandes, a Malu (SD) decidiu entrar na disputa pela presidência da Câmara de Mogi, após o episódio em que denunciou ter sido vítima de suposto assédio moral de parte do secretário municipal adjunto de Governo, Rubens Pedro de Oliveira. Ele nega ter sido autor de ameaças à vereadora por ela estar enviando seguidos pedidos de informações à Prefeitura sobre assuntos como escola especial, transportes, inauguração da maternidade, entre outros.

A história ganhou o plenário da Câmara Municipal, durante a semana passada.

Malu foi à tribuna para denunciar ameaças de fechamento das portas da Prefeitura às suas reivindicações, enquanto ela continuasse insistindo em buscar informações sobre assuntos que seriam indigestos ao atual governo.

Até aí, tudo certo, não fosse o fato de a vereadora não ter recebido as ameaças diretamente do secretário-adjunto, mas por meio de uma pessoa, segundo ela, da própria Secretaria de Governo, que estaria falando em nome de Rubens Pedro.

Por mais que tenha sido questionada pelos seus pares, Malu se negou terminantemente a revelar quem teria sido tal intermediário.

E, dessa forma, o assunto que seria um prato cheio para os opositores do prefeito Caio Cunha (PODE) na Câmara – uma denúncia de assédio moral envolvendo um funcionário da administração, feita por uma integrante da bancada situacionista –, acabou dando munição aos aliados de Caio até para rejeitar um documento que sugeria a convocação de Rubens Pedro ao plenário para explicar as “denúncias”.

A vereadora ainda apelou para o espírito corporativo da instituição, ao alegar que a Câmara estaria sendo igualmente vítima do suposto cerceamento a ela imposto.

Mas muitos situacionistas simplesmente passaram a classificar as denúncias de Malu como “fofoca”.

“Trazer secretário para falar de fofocas, de recado enviado por terceiros, é apequenar a Câmara”, disse o ex-presidente Otto Rezende (PSD). “Não tem fatos, documentos, gravação e nem nada para apresentar. Temos outros assuntos mais importantes para tratar”, finalizou.

E apesar do empenho de vereadores da oposição e da própria Malu de fazer valer seu relato, o pedido de convocação do secretário, apresentado por Iduigues Ferreira Martins (PT), acabou rejeitado por 18 votos a 4.

Logo após o episódio, a vereadora procurou repórteres que costumam cobrir as atividades da Câmara para dizer que havia ingressado na disputa pela presidência da Mesa Diretora.

Em outras palavras, estaria disposta a bater chapa com o candidato situacionista e atual presidente, Marcos Furlan (PODE), ou com qualquer outro nome que, porventura, aparecer.

Depois da rejeição, por larga vantagem, do pedido para apurar sua denúncia, não se sabe até onde exatamente pretende chegar a vereadora com sua candidatura.

Se foi somente um arroubo provocado pela irritação diante dos fatos daquela sessão, ou se ela pretende realmente levar seu nome à disputa, mesmo que isso a coloque em posição de conflito com o prefeito, seu antigo aliado, mas hoje fechado com a candidatura de Furlan.

A essa altura do jogo, há quem questione se haveria algo, além do apontado por Malu, a justificar sua extremada posição.

Vereadores mais experientes acreditam que somente o episódio alegado, até após toda a repercussão alcançada, não justificaria o precipitado ingresso de Malu na disputa pela presidência.

E enquanto se buscam outras possíveis razões – verdadeiras ou não –, a vereadora mantém sua provável candidatura.

Um ingrediente a mais a ser levado em conta na sempre concorrida eleição para a Mesa da Câmara de Mogi.

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