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Área próxima do lixão da Volta Fria recebe árvores e pode abrigar parque

Durante o plantio de 500 mudas de espécies nativas nas proximidades da área que recebeu o lixo de Mogi das Cruzs durante 16 anos, o prefeito Caio Cunha (PODE) anunciou estudos para a implantação de um parque na região que fica ao lado do rio Tietê, utilizada para o manejo da terra que cobria os […]

20 de dezembro de 2023

Reportagem de: O Diário

Durante o plantio de 500 mudas de espécies nativas nas proximidades da área que recebeu o lixo de Mogi das Cruzs durante 16 anos, o prefeito Caio Cunha (PODE) anunciou estudos para a implantação de um parque na região que fica ao lado do rio Tietê, utilizada para o manejo da terra que cobria os detritos despejados na Volta Fria. A iniciativa integra a programação do Natal 2023 e recebeu o nome de “Um Presente para o Futuro”.

Segundo informa a Prefeitura, o plantio de árvores feito por servidores de diferentes pastas marcou o início da restauração ambiental da região conhecida apelidada, no passado, como o Lixão da Volta Fria. Atualmente, o lugar é utilizado por ciclistas.

O depósito dos detritos urbanos no local aconteceu durante quase duas décadas até o Ministério Público exigir da Prefeitura de Mogi das Cruzes a desativação do destino irregular: a área fica às margens do rio Tietê que recebeu durante esse período o chorume produzido pela decomposição de materiais ali despejados.

Outras iniciativas para recuperar a área degradada são noticiadas desde a desativação do espaço, ocorrida em 2004.

O lixão da Volta Fria foi uma saída encontrada pelo poder público municipal no final da década de 1980, quando as políticas para a destinação final do lixo começaram a quebrar antigos padrões nas cidades brasileiras.

Antes de iniciar o despejo de lixo, ali, a Prefeitura tentou operar um depósito em uma área de Sabaúna, o que não foi para frente, por causa das condições inadequadas do terreno escolhido para essa finalidade.

A decisão tomada pelo governo municipal, naquela época, com Mogi em notável crescimento populacional, foi por operar o lixão na Volta Fria, ao lado do rio Tietê. Nesse mesmo período, o governo do Estado começava a incentivar os municípios a operarem aterros próprios.

O lixão da Volta Fria operou de 1988 até 2004, 16 anos, portanto, até a desativação (em atendimento ao acordo feito com o MP) e o início dos contratos de limpeza pública obrigarem as empresas contratadas a destinarem o lixo a aterros sanitários licenciados.

Até hoje, o lixo de Mogi das Cruzes vai para outros endereços porque a conquista de um aterro próprio ou regional segue à espera de um desfecho.

Essa área, a da Volta Fria, é uma das listadas como contaminadas pela Cetesb – Companhia de Tecnolgia de Saneamento Ambiental, assim como ocorre com a região do futuro Parque Francisco Rodrigues Filho (lembre reportagem aqui).

No passado, um outro antigo lixão da cidade (mas muito menor do que o da Volta Fria) ficava na região do Nova Mogilar, que também receber mais um parque planejado pelo Projeto Viva Mogi (que prevê obras viárias e de saneamento básico com recursos financiados junto ao  Banco de Desenvolvimento da América Latina, vinculado à Cooperação Andina de Fomento (CAF).

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Obras do Viva Mogi serão aceleradas a partir do próximo ano, segundo informa o prefeito Caio Cunha.

Presente para o Futuro

O plantio realizado nesta terça-feira (19) fez parte da programação de Natal 2023 de Mogi das Cruzes e recebeu o nome de “Um Presente para o Futuro”. E pode render um outro uso e ocupaçao para esse endereço.

“Eu já conhecia essa área, mas muitas pessoas ainda não conheciam. Esse espaço foi explorado ao longo dos anos e chegou o momento de começarmos um processo de devolução. Já houve inclusive um lixão aqui perto desta região no passado, mas com a evolução das leis ambientais a situação se modernizou, graças a Deus. Esse plantio de mudas não é apenas um simbólico, ele vai gerar reflexos concretos no futuro”, disse Caio Cunha.

A secretária municipal do Meio Ambiente e Proteção Animal, Ionara Fernandes, contou que na década de 1990 o local do plantio foi utilizado para retirada de terra, destinada a cobrir o antigo Lixão da Volta Fria. Esse processo, acrescentou ela, produziu afloramentos de rocha, que atraíram maritacas ao local – os pássaros passaram a fazer ninhos no local. Além disso, o relevo acidentado da região também atraiu a presença de ciclistas, que começaram a treinar no terreno.

“Houve uma conexão muito positiva entre o meio ambiente e o ser humano, pois a região se tornou um berçário de maritacas e recebeu a saudável presença de ciclistas, que se tornaram cuidadores do local”, destacou Ionara.

No momento do plantio, que contou com a participação do esportista mogiano Eiki Leôncio, campeão mundial junior de cross country, o prefeito destacou o início do processo de recuperação ambiental e salientou que serão realizados estudos para a possível implantação de um grande parque no local, unindo preservação ambiental, esporte e cultura.

Plantio

O plantio de mudas contou com a presença voluntária de servidores municipais da maior partes das secretarias municipais. Também participaram do evento os secretários municipais Carlos Lothar (Habitação Social e Regularização Fundiária), Gustavo Nogueira (Esportes e Lazer), Marilu Beranger (Educação), Felipe Almeida (Agricultura) e Claudinéli Moreira Ramos (Cultura), além do vereador Pedro Komura.

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