Bertaiolli no Tribunal ou candidato a prefeito. ‘Isso tem me tirado o sono’

Reportagem de: O Diário

O deputado federal mogiano Marco Bertaiolli (PSD-SP) garantiu à coluna, nesta quarta-feira (28), que ainda é “muito prematura” qualquer especulação sobre sua possível indicação para ocupar uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Mas disse também que esse assunto juntamente com os resultados das pesquisas eleitorais que o apontam como favorito numa possível disputa pela Prefeitura, nas eleições do próximo ano, em Mogi das Cruzes, “estão me tirando o sono”. Sinal de que ele ainda está por decidir entre as duas opções, ou ainda permanecer como deputado federal em Brasília, todas igualmente interessantes.

O assunto relativo ao TCE, abordado ontem (27) aqui neste espaço, foi notícia também no jornal Folha de S. Paulo, depois de haver sido noticiado pelo portal Metrópoles, de Brasília, no início desta semana.Esta coluna já havia tratado do assunto nos dias 16 e 18 de maio.

A Folha cravou que o deputado mogiano desponta como o nome mais forte para ocupar a primeira das quatro vagas que serão abertas no TCE durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas.

O jornal destaca ainda que o grande trunfo de Bertaiolli é o fato de contar com o apoio do PL e PSD, presididos, respectivamente, por Valdemar Costa Neto e Gilberto Kassab,  este último homem forte da política no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A vaga será aberta em setembro, com a aposentadoria do conselheiro Edgard Rodrigues, por completar 75 anos.

Em conversa com a coluna, Bertaiolli  lembrou que das quatro vagas que serão abertas no TCE durante a gestão de Tarcísio, a primeira deve ser objeto de indicação da Assembleia Legislativa do Estado  de São Paulo (Alesp), mas precisará do aval do governador.

“Geralmente, os nomes indicados são de pessoas públicas com experiência aliada à capacidade técnica resultante de atividade na administração pública. Fico muito feliz pelo nome ter sido lembrado  como um agente à altura de ocupar uma vaga no Conselho do Tribunal de Contas”, disse o deputado.

Bertaiolli afirmou ainda: “O que me catapultou na direção dessa indicação foi o trabalho realizado junto à Prefeitura de Mogi das Cruzes. Ter o nome lembrado e cotado para uma função tão importante é motivo de orgulho, mas isso é algo que resulta de nossa Mogi das Cruzes”, garantiu ele, ressaltando, no entanto, que “ainda não há nenhuma concretude nestas oportunidades. Não há nada fechado. Vamos ter calma”.

Diante da insistência da coluna sobre uma possível aceitação, caso venha a ser indicado para o TCE, Bertaiolli tangenciou alegando que atualmente tem algumas opções na vida bem delineadas e, aos 55 anos, tem uma bagagem que lhe possibilita tais possibilidades.

Ao mesmo tempo, ele se mostra empolgado com os resultados das pesquisas pré-eleitorais que têm lhe dado grande vantagem em relação aos demais candidatos e que o estimulam a retornar a Mogi para disputar as próximas eleições municipais.

“Confesso que tudo isso tem me tirado o sono. Mas vamos analisar para uma decisão no momento certo, em que tiver de ser tomada” – assegurou.

Novo visual (1)

Quem ninguém duvide da influência do ex-presidente Jair Bolsonaro junto ao PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto.

A situação chegou a tal ponto de interferir no visual da sede do partido na Capital, que foi reformada a partir do mote “amor, orgulho e devoção à Pátria”.

O imóvel da avenida República do Líbano recebeu a instalação de um mastro com a bandeira do Brasil e um totem estilizado com a nova logomarca do partido.

“O PL está cultuando o símbolo da união de um povo e o patriotismo – sentimento de amor, orgulho e devoção à pátria – através da bandeira nacional; além de refletir a escolha democrática do povo brasileiro, que fez do PL o maior partido do Brasil, conforme destaca o novo projeto de comunicação visual da sede do PL paulista”, explica o partido numa nota que traz Valdemar e Bolsonaro à frente da sede.

Novo visual (2)

Dessa maneira, não deverá ser surpresa para os mogianos se as mudanças visuais chegarem até a sede do partido, na rua Coronel Souza Franco, em Mogi.

Somente um antigo luminoso identifica o local onde são tomadas as decisões políticas do partido para todo o Alto Tietê. 

Quando está na cidade, Valdemar Costa Neto passa boa parte do tempo naquele escritório, recebendo os políticos da região e de outros pontos do País.

Circuito das Frutas

O município de Mogi das Cruzes deverá ser incluído entre os participantes da marca “Circuito das Frutas” a ser lançada pela Secretaria de Estado do Turismo que pretende investir em marcas turísticas destinadas a promover os principais destinos turísticos paulistas.

Idealizado pelo secretário Roberto de Lucena, o circuito promete incluir dez municípios da região Metropolitana da Capital que se destacam pelos parques temáticos e pela produção de 40% das furtas de mesa consumidas pelo Brasil.

Despesa glosada

As contas do Patriotas, em nível nacional, foram parcialmente glosadas por falta de comprovação da efetiva realização de uma despesa de R$ 80.268,00.

Segundo a Justiça Eleitoral, “foi anexado instrumento contratual da empresa Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli, que não foi suficiente para sanar a despesa”.

Pela natureza da empresa, ligada ao mogiano Felipe Lintz, ex-candidato a prefeito e a deputado federal, seria obrigatório apresentar a correspondente nota fiscal com o detalhamento dos serviços, o que não ocorreu em sua plenitude.

Decepção

A vereadora Inês Paz (PSOL) terminou a sessão de ontem decepcionada com o resultado da votação de uma simples indicação de sua autoria que propunha a criação do Conselho Municipal LGBT em Mogi.

Por sete votos contra cinco a proposta foi rejeitada, em pleno dia 28 de junho, reconhecido mundialmente como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+, destinado a celebrar conquistas e lutas da comunidade ao redor do mundo.

Cadê eles?

“A proposta de criação do Conselho visava promover a igualdade, o respeito e a inclusão para todos os cidadãos mogianos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero”, explicou Inês. O curioso de toda a história: a Câmara de Mogi é composta por 23 vereadores, mas na hora da votação da proposta da vereadora, apenas 12 estavam presentes no plenário. E os outros 11, o que houve com eles?