Câmara de Mogi promove cerimônia para lançar Campanha da Fraternidade de 2023
A Câmara de Mogi promoveu na noite desta quinta-feira (23), uma sessão solene para fazer o lançamento da Campanha da Fraternidade que a igreja católica realiza todos os anos no inicio da quaresma, após o Carnaval. A ação é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e este ano o tema é […]
Reportagem de: O Diário
A Câmara de Mogi promoveu na noite desta quinta-feira (23), uma sessão solene para fazer o lançamento da Campanha da Fraternidade que a igreja católica realiza todos os anos no inicio da quaresma, após o Carnaval. A ação é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e este ano o tema é “Fraternidade e Fome”
O lançamento foi feito pelo bispo diocesano de Mogi das Cruzes, dom Pedro Luiz Stringhini, que participou da cerimônia promovbida no Legislativo, com a participação do presidente da Casa de Leis, Marcos Furlan (PODE), além dos vereadores Mauro de Assis Margarido – Maurinho do Despachante (PSDB), Johnross Jones de Lima (PODE), e Edson Santos (PSD).
Também ocuparam a mesa diretiva a vice-prefeita de Mogi das Cruzes, Priscila Yamagami Kähler,Thales, Cézar de Oliveira, promotor de Justiça do MP/SP, o monsenhor Antônio Robson Gonçalves, vigário-geral da Diocese de Mogi, e Dirceu Augusto da Câmara Valle, presidente da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ao defender o tema deste ano, o bispo lembrou que para Jesus Cristo a fome é um problema de todos e explicou que o versículo bíblico ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’, adotado como lema neste ano, fala da caridade na Igreja e do trabalho social realizado para combater esse problema.
“A caridade é o distintivo dos cristãos. Ela deve ser exercida em três níveis: assistencial, promocional e sócio-político. O acesso ao alimento é mais um direito do que um favor. Precisamos devolver a todos a capacidade de ganhar o pão com o suor do próprio rosto, o que passa por respeito ao meio ambiente, valorização de povos originários, promover alimentação saudável, valorizar o salário mínimo, distribuir melhor a renda e a terra, entre outras providências”, enfatizou o religioso.
Antes mesmo do pronunciamento do bispo, os participantes também falaram a respeito do tema. O vereador Johnross, que abriu os discursos falando sobre a importância dessa iniciativa. “A Campanha da Fraternidade deste ano nos incentiva a assumir a nossa responsabilidade diante da fome, tanto no País como em nossa Cidade. Não há fé sem obras. Existe uma Mogi invisível, na qual 31 mil pessoas sobrevivem com apenas 89 reais por mês. O problema da fome precisa de uma solução definitiva. É preciso conhecer as suas causas e as suas implicações. Tenho uma indicação para fazer: que em todos os terrenos municipais sem uso sejam feitas hortas comunitárias”, disse ele.
“Infelizmente, o país voltou ao mapa da fome. É o nosso papel reverter essa situação. Precisamos pensar em combater a fome e saciar outros tipos de fome: de saúde, de educação e de justiça social”, destacou Edson Santos, em sua fala.
Dirceu Augusto da Câmara Valle, presidente da 17ª Subseção da OAB, disse que o tema da campanha estimula o povo a agir. “O título da campanha deste ano é uma contradição, em termos. Quase sempre, onde há fraternidade não há fome. Essa contradição é útil para chamar a nossa atenção, para nos fazer refletir sobre a verdadeira reforma íntima, que não é possível sem a caridade. É um puxão de orelha, um chamado da CNBB”.
Em seu pronunciamento, Thales Cézar de Oliveira, promotor de Justiça do MP/SP, Cézar de Oliveira, reforçou a necessidade unir esforços no combate à fome. “Apesar das garantias constitucionais, a realidade é distinta do que prevê a nossa lei maior. Trinta e seis por cento da população brasileira vivem em insegurança alimentar. Assim, vivemos em uma sociedade de papel: a dignidade está mais no papel do que no nosso cotidiano. Para mudar isso, é preciso a união de todos, entes públicos e privados. Não podemos perder a capacidade de nos indignar”.
A Priscila Yamagami Kähler, vice-prefeita de Mogi das Cruzes também defendeu o combate a fome e falou sobre iniciativas da Prefeitura para enfrentamento do problema. “Precisamos ter atitudes em relação à fome. Eu fico alegre por estar entregando várias ações. Por exemplo: a quitanda social, que conta com produtores familiares que fornecem às escolas os nossos cogumelos, com valor nutricional e proteico incrível. Trouxemos ainda o programa ‘Segunda sem carne’ para incentivar o consumo de hortaliças na merenda escolar, entre outras iniciativas semelhantes”.
Por fim, Marcos Furlan encerrou a cerimônia. “Quero dizer que a Casa do Povo e temos que agradecer a linda oportunidade de ser a sede desta campanha, com tão importante tema. Precisamos estender a mão ao povo do Litoral Norte sem nos esquecer de ajudar também a nossa própria gente”.