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Câmara de Mogi promove debate sobre políticas de fomento ao setor comercial

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) do Desenvolvimento Econômico, presidida pelo vereador Edson Santos (PSD), se reuniu na noite desta quarta-feira (09), na Câmara, com a presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes, Fádua Sleiman, para falar sobre avanços na economia, políticas de fomento e demandas do setor, que apesar de enfrentar alguns problemas, […]

11 de agosto de 2023

Reportagem de: O Diário

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) do Desenvolvimento Econômico, presidida pelo vereador Edson Santos (PSD), se reuniu na noite desta quarta-feira (09), na Câmara, com a presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes, Fádua Sleiman, para falar sobre avanços na economia, políticas de fomento e demandas do setor, que apesar de enfrentar alguns problemas, mantém uma boa expectativa para o segundo semestre.

Foram discutidas questões como os impactos que o comércio deve sofrer com a possível implantação de pedágios nas rodovias que atendem a cidade, geração de emprego, sobre a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS), a revitalização do centro da cidade, problemas relacionados à Segurança Pública, implantação dos totens de monitoramento na visão dos comerciantes e a possibilidade de se criar novas regras de uso para o Mercado Municipal.

Logo após a abertura dos trabalhos, a presidente da Associação Comercial fez uma breve explanação da situação atual do comércio em Mogi.  “Somos um polo econômico e temos nos tornados nos últimos seis anos um polo gastronômico. Logo após a saída da pandemia, as pessoas buscaram muito lazer e gastronomia, fortalecendo esse segmento. Em 2023, o comerciante ainda não sente segurança nas políticas do atual governo, está vagando em relação às reformas tributárias, ainda temos taxas de juros altas, alguns comerciantes estão endividados ou buscando dinheiro junto aos bancos privados. Então, o cenário é de receio, mas com uma boa expectativa para o segundo semestre”, avaliou Fádua.

Na sequência, o vereador Edson Santos questionou sobre o impacto do pedágio no comércio e serviços, além de perguntar como está a Segurança Pública na visão do comerciante e lojistas, bem como quais são as ideias que o mercado produtivo tem para tornar o centro da cidade e os demais pontos de comércio intenso espalhados por Mogi em atrativos para os consumidores.

A presidente da Associação confirmou que o pedágio deve impactar na mobilidade urbana, no preço final do produto ou serviço e não favorecerá as cidades vizinhas, porque Mogi é importadora e exportadora de produtos e serviços e, segundo ela, há um grande fluxo de deslocamento entre o município e os demais, incluindo a capital São Paulo, tanto de pessoas como de cargas.

Fádua relatou que uma pesquisa superficial feita na Associação Comercial, apontou que o pedágio terá um impacto de 12% no produto final, em média, e  que o empresário terá que reduzir sua margem de lucro. Ela aproveitou para reforçar a posição da entidade. “Somos contra o pedágio e participaremos de todas as mobilizações para impedir a sua implantação”, destacou Sleiman.

Quanto à Segurança Pública, Fádua analisou que houve o empobrecimento da população mediante a pandemia da covid-19, mas o que se percebe foi um aumento no fluxo de pessoas vindas de fora que estão em situação de vulnerabilidade em Mogi ou vêm para cá só para realizar furtos, roubos e pequenos assaltos. “A região do centro está tomada por assaltos. Há comerciantes que deixam os clientes entrarem na loja, fecham as portas, para poder atender os clientes com alguma segurança”, completou Fádua.

Ela comentou ainda que não existe um consenso em relação a fiscalização no setor. “O que nos foi passado é que num determinado momento compete à Prefeitura, à Guarda Municipal, em outro momento que compete à Polícia Militar. A PM comunicou que não tem braço para atender à nossa demanda, o que nós pedimos da Prefeitura é o deslocamento da guarda para as estações de trem, por onde muitos dos mal intencionados acessam a cidade”, explicou

Fádua Sleiman revelou ainda que participou de reunião na Prefeitura com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Pedro Komura, para fazer apresentação de um projeto de revitalização com nova iluminação permanente para o centro da cidade. “Precisamos nos apropriar do centro da cidade, para que os mogianos retornem com suas famílias a passear pelo centro inclusive aos domingos. O mercadão que poderia ser um polo turístico tem lojas fechadas, especialmente no primeiro andar, onde alguns boxes são utilizados como depósitos”, avalia.

O vereador Iduigues Martins (PT), também presente na reunião, falou sobre os investimentos feitos nos totens de monitoramento que implicam em um custo de R$7 milhões ao ano, para a Prefeitura.

 “Sobre os totens não temos pesquisa de impacto. Como empresária da Educação, eu soube de situações pontuais que foram respondidas a contento. Ao comércio eu não tenho essa resposta, acredito que toda medida é bem-vinda, mas seria bom ter pessoas, mais guardas municipais que conhecem o comerciante, a dinâmica, o perfil dos consumidores para que possa identificar melhor quem está causando insegurança nas áreas comerciais”, respondeu Fádua.

Por fim, o vereador Victor Emori (PL), também presente na reunião, se manifestou para destacar a importância desse tipo de encontro para geração de um relatório com indicações para melhor atuação da Prefeitura nas áreas que impulsionam o desenvolvimento econômico da cidade.

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