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Hospital Dr. Arnaldo volta às origens ao tratar a Covid, uma doença sem cura

Os 90 leitos da enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar a Covid-19 foram instalados em diferentes áreas do Centro de Reabilitação Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba. A maior parte desses leitos será mantida nas dependências inicialmente projetadas para receber os dependentes químicos, em um projeto da Secretaria Estadual […]

9 de abril de 2021

Reportagem de: O Diário

Os 90 leitos da enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar a Covid-19 foram instalados em diferentes áreas do Centro de Reabilitação Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba. A maior parte desses leitos será mantida nas dependências inicialmente projetadas para receber os dependentes químicos, em um projeto da Secretaria Estadual de Saúde que não chegou a ser do papel, em sua plenitudade.

A distribuição entre dois espaços no interior do hospital atendeu à urgência da demanda – era necessário estancar o colapso do sistema de saúde, que até meados da última semana, operou com 100% de ocupação em Mogi das Cruzes.

Por isso, houve o aproveitamento dos sistemas de gases já instalados em outros setores para oferecer os 30 primeiros leitos, a partir de março passado. Das outras 60 vagas, 18 já estão em funcionamento no prédio cotado para tratar a dependência química.

O agravamento dos casos, informam fontes ouvidas por O Diário, forçou as adaptações que não foram concluídas no ano passado, quando o Governo do Estado esteve muito perto de ativar esse setor, apenas para a Covid..

Como a pandemia tem um ritmo próprio, somente a partir deste ano, com a alta dos casos de internação e mortes, é que o Dr. Arnaldo voltou a ser uma aposta para o atendimento à população do Alto Tietê.

Foi contratada para operacionalizar esses leitos, a mesma AHBB/Rede Santa Casa, que O Diário havia divulgado, ano passado, como a provável responsável pelo setor. 

Essa empresa gerencia 356 vagas abertas para tratar a Covid em 21 cidades, que possuem uma população estimada em 4,1 milihões de pessoas, como divulga o site da empresa. Ela opera outros hospitais no interior de São Paulo e em outros estados.

A AHBB/Rede Santa Casa também está presente no Hospital Regional Osíres Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos.

Para a abertura dos 90 leitos, o Governo do Estado conta com a parceria dos municípios, como o de Mogi das Cruzes, que auxiliou em alguns trabalhos internos, para agilizar a instalação do novo serviço. 

Esse pacto foi firmado pelos prefeitos do Condemat, o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê.

Futuro

Dos 90 leitos prometidos pelo Estado, 48 já estão funcionamento, e têm uma alta rotatividade de internações e de transferências, em função de altas ou óbitos.

A grande pergunta que se faz é: qual será o futuro desta estrutura após a pandemia. Claro que não se planifica isso, agora, em meio à crise. Mas a expectativa de alguns gestores, pelo rimo da infecção deste vírus, é de se manter até um ano, esses leitos em operação no Dr. Arnaldo, que volta à sua origens, ao ser usado para tratar uma doença desconhecida, assim como foi no inicio com o Leprosário Santo Ângelo, construido para internar compulsoriamente os pacientes com a hanseníase, a popularmente chamada de lepra.

No pós-panemia, a decisão sobre o que ficará como legado para a dependência química, as doenças crônicas ou mesmo o setor de psiquiatria, dependerá do Governo do Estado.

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