Ação busca medidas para diminuir impacto dos aluguéis para comerciantes de Mogi
Encontrar soluções para melhorar as condições de comerciantes que estão com dificuldades com o aluguel de seus pontos é o trabalho de um grupo formado por representantes de entidades envolvidas na questão em Mogi das Cruzes e da Prefeitura. Um diagnóstico sobre a situação de locação dos imóveis comerciais na cidade com a crise causada […]
Reportagem de: O Diário
Encontrar soluções para melhorar as condições de comerciantes que estão com dificuldades com o aluguel de seus pontos é o trabalho de um grupo formado por representantes de entidades envolvidas na questão em Mogi das Cruzes e da Prefeitura. Um diagnóstico sobre a situação de locação dos imóveis comerciais na cidade com a crise causada pela pandemia de Covid-19 será desenvolvido pelos participantes.
As definições começaram a ser adotadas em uma reunião realizada no final da última semana, com representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Proprietários de imobiliárias e corretores de imóveis que trabalham na cidade também acompanharam o encontro, que aconteceu pela internet.
“O país está vivendo uma fase dura, em que restrições mais rígidas estão sendo adotadas para o enfrentamento da pandemia. Isso tem reflexo direto na economia, principalmente no comércio e nos pequenos negócios. A questão do valor de aluguel dos pontos comerciais é muito sensível. É importante que seja encontrado um equilíbrio para que nenhum dos lados seja prejudicado e seja possível preservar o funcionamento dos estabelecimentos, os empregos e a renda dos mogianos”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Gabriel Bastianelli.
Com a alta no IGP-M, índice de referência para a correção dos valores dos aluguéis, a solicitação às imobiliárias e aos corretores é buscar um equilíbrio sobre os valores, de modo a não onerar os comerciantes que já enfrentam problemas com a queda de faturamento, nem prejudicar os proprietários dos imóveis, que poderiam ter a locação dos espaços inviabilizada.
Além disso, ficou decidido que o Creci e o Sincomércio farão um mapeamento detalhado sobre o número e as condições de imóveis vagos e que buscam locatários. As duas entidades e a ACMC também farão um levantamento de dados sobre a atual situação dos espaços comerciais em Mogi das Cruzes, com informações como tempo de vacância, porcentagem de imóveis disponíveis, valor médio do metro quadrado, entre outras.
A Prefeitura deverá reforçar ações de fiscalização, zeladoria e conservação em áreas comerciais, a pedido dos participantes.
Uma nova reunião do grupo de trabalho deverá ser realizada até o final deste mês para a análise das providências adotadas e dos resultados obtidos.
Outras Medidas
As ações de apoio ao comércio fazem parte do trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Mogi das Cruzes no Plano de Cooperação Econômica, que engloba uma série de ações para o enfrentamento da crise econômica causada pela pandemia no município. A iniciativa prevê medidas de apoio ao setor produtivo, empregabilidade e capacitação profissional.
Nesta segunda-feira (15), foram anunciadas intervenções na região central para facilitar a adoção do sistema drive thru pelos comerciantes, que começaram a valer nesta terça-feira (16/03). A circulação de veículos foi permitida nos calçadões das ruas Doutor Paulo Frontin e Doutor Deodato Wertheimer para os consumidores que irão retirar os produtos. Já na rua Professor Flaviano de Melo, está permitida a circulação de veículos no trecho em que há restrição de trânsito durante o dia, mas não é possível fazer o drive thru.
Além disso, foi iniciado um projeto piloto em 81 vagas de estacionamento controlado na rua Barão de Jaceguai, em que a tarifa só não será cobrada quando o motorista estiver fazendo algum tipo de retirada de compra por drive-thru. A parada poderá ser feita por no máximo 10 minutos, é necessário que o condutor esteja no carro, com o veículo ligado e o pisca-alerta acionado.
Em todos os locais onde foi implantado o sistema drive thru, a venda deverá ser feita por algum canal eletrônico (telefone, internet ou redes sociais). O comerciante fará a entrega do produto no veículo do consumidor. Não é permitido que o comprador desça do automóvel, que deve permanecer ligado e com o pisca-alerta acionado.