Após 253 dias da primeira morte, Mogi ultrapassa os 500 óbitos pela Covid-19
Passados exatos 253 dias desde a confirmação do primeiro óbito de um morador do município, Mogi das Cruzes ultrapassou na noite desta quarta-feira (9) o expressivo marco de 500 vítimas fatais da Covid-19. A barreira é quebrada em meio a uma nova alta semanal de contágios da infecção e também à expectativa do início da […]
Reportagem de: O Diário
Passados exatos 253 dias desde a confirmação do primeiro óbito de um morador do município, Mogi das Cruzes ultrapassou na noite desta quarta-feira (9) o expressivo marco de 500 vítimas fatais da Covid-19. A barreira é quebrada em meio a uma nova alta semanal de contágios da infecção e também à expectativa do início da aplicação da vacina nas cidades da região.
Mogi, a maior cidade do Alto Tietê, segue liderando o ranking regional da doença em números absolutos desde as primeiras semanas da pandemia e hoje tem uma taxa de letalidade da infecção em 4,3%.
Com mais três mortes notificadas pela Secretaria Municipal de Saúde em 24 horas – todos referentes a pacientes com mais de 60 anos, Mogi chega nesta quarta-feira a 501 óbitos atrelados a complicações da Covid-19 – doença que levou desde médicos a professores, artistas, padres e trabalhadores do dia, além também de pais, mães e filhos, que deixam saudades na cidade.
Entre as vítimas fatais da doença em Mogi, 427, ou 85,2%, tinham algum tipo de comorbidade. Entre as doenças mais relacionadas estão as cardiopatias e diabetes, o que reforça a importância de cuidados extras com essa parcela da população.
Em paralelo, Mogi soma 11.548 contágios da doença notificados – sendo oito nas últimas 24 horas. Desse montante, 10.212 pacientes já estão de volta ao convívio social, representando um índice de recuperação de 88% – que está acima da média regional.
Ao todo, a região soma 1.696 mortes por complicações da Covid-19. Além de Mogi, Itaquaquecetuba e Poá confirmaram uma nova vítima cada nesta quarta-feira.
As dez cidades que integram o Alto Tietê também confirmaram 239 novos contágios da infecção nas últimas 24 horas, totalizando 39.359 casos positivos da doença. Do total 31.715 estão recuperados.
A média móvel de casos e mortes na região segue indicando aumento na comparação com 14 dias atrás. No período, os óbitos passaram de dois para seis, enquanto a média de novos casos subiu de 183 para 215.
Nesta quarta-feira, quando foi anunciado para a Secretaria de Saúde do governo do prefeito Eleito Caio Cunha (PODE), o médico Henrique Naufel reforçou que a pandemia continua sendo um grande desafio da cidade, e que os cuidados devem ser mantidos.
As palavras de ordem do titular, que desde antes da confirmação da primeira morte na cidade, já alertava em ‘lives’ diárias sobre o risco de um “tsunami acertar a cidade”, permanecem.
Mogi das Cruzes tem registrado uma nova alta de casos da doença: na primeira semana de novembro foram 162, enquanto na primeira de dezembro esse número subiu para 367 (veja quadro abaixo).
Observação: No dia 3 de julho, foi identificado um laboratório que fez, num único dia, o lançamento de 250 casos positivos de mogianos, referentes a coletas realizadas entre os dias 16 de maio e 27 de junho. No dia 13 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu 406 novos casos lançados pelo sistema oficial do Governo do Estado referentes a registros represados desde o mês de abril. Já na primeira semana de setembro a Secretaria Municipal de Saúde recebeu 305 novos casos lançados pelo sistema oficial do Governo do Estado referentes a registros represados desde o mês de julho.
Excluindo o número de óbitos retroativos, o total de mortes entre os períodos se manteve em 11.
Mais dados completos podem ser vistos atuaulizados diariamente site da Prefeitura de Mogi, e de acordo reforçado por Naufel na coletiva desta quarta-feira (9), as informações têm “total transparência”.
UnicaFisio
A Secretaria Municipal de Saúde revelou nesta sexta-feira (4) a O Diário que já finalizou a montagem dos 30 leitos na UnicaFisio, ao lado do Hospital Municipal, que servirão de retaguarda para os casos mais leves da Covid-19 e também para pacientes em recuperação da doença após alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Mas “ainda faltam alguns detalhes técnicos de instalação, como isolamento do sistema de ar-condicionado”, acrescenta a pasta.
De acordo com a secretaria, o local começará a atender pacientes “tão logo seja concluída a instalação e em caso de demanda”.
A sala com os leitos atuará como uma extensão do Hospital Municipal, gerenciado pela Fundação do ABC, igual visto no já desativado Hospital de Campanha da cidade.