Ocupação de pacientes com a Covid-19 nas UTIs de Mogi está em 85,9%

Reportagem de: O Diário

O balanço regional dos casos de Covid-19 é afetado pelo feriado prolongado do Ano-Novo. Mas a atualização sobre a ocupação dos leitos de enfermaria e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) segue mostrando a vulnerabilidade do sistema. O uso das vagas de UTI quase está em 85,9%, segundo informa o site da Prefeitura Municipal. Já de acordo com o monitoramento da Fundação Seade, a cidade conta hoje com 547 vítimas da doença. 

De acordo com o painel da Fundação Seade, as dez cidades do Alto Tietê possuem 36.170 pacientes com a doença. O número de mortes na região é de 1.757 – sendo que a contagem depende dos registros oficiais dos casos feitos pelas secretarias de Estado e municipais de Saúde. Com o feriado prolongado, essa base de informações é prejudicada – a próxima atualização do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) será feita amanhã (4).

Letalidade

Os números municipais, no entanto, indicam um estado de alerta, a alta demanda pelos leitos de UTI é o grande desafio para o tratamento desta doença que afeta gravemente uma pequena parcela da população contaminada,e tem um alto índice de letalidade após o início do tratamento. Em Mogi das Cruzes esse índice é de 4,7%, em Itaquaquecetuba, a taxa é ainda pior 6,2%.

Mogi das Cruzes tem a principal rede de atenção aos pacientes graves, com leitos nos hospitais particulares e públicos – neste caso, o Luzia de Pinho Melo e o Municipal de Braz Cubas, além de vagas emergenciais, instaladas na UnicaFisio, desde o final do ano passado..

Números

De acordo com o painel Seade, Mogi das Cruzes possui 11.663 casos da doença, seguida de Suzano com 7.548 casos confirmados e 290 mortes. Nas demais cidades, a situação é a seguinte: Itaquaquecetuba (5.612 pacientes e 348 óbitos), Ferraz de Vasconcelos (5.113 e 154 óbitos), Aruja (2.926 e 113 óbitos), Poá (2.912 e 135 óbitos), Guararema 613 casos e 35 óbitos) Santa Isabel (1.855 casos e 84 òbitos), Biritiba Mirim (562 casos e 33 óbitos) e Salesópolis tem o menor nos dois índices oficiais 292 casos e 18 mortes.

Apesar de ser uma contagem relevante, especialmente para se entender a pandemia, sabe-se, no entanto, que o número real de casos e mortes pode ser outro porque muitos pacientes não chegam a ser tratados na redes particular e pública de saúde, e existe, ainda, dificuldades para o diagnóstico preciso da Covid entre as causas de mortes ocorridas desde março passado..