PIB de Mogi chega aos R$ 15,3 bilhões, mas renda por habitante tem queda
Uma situação que já vinha sinalizando as dificuldades que Mogi das Cruzes enfrenta para elevar a renda per capita de seus moradores foi reforçada na atualização do Produto Interno Bruto (PIB) das cidades brasileiras de 2018. Os números foram divulgados em dezembro passado. A cidade caiu uma posição regional neste indicador enquanto Guararema que estava […]
Reportagem de: O Diário
Uma situação que já vinha sinalizando as dificuldades que Mogi das Cruzes enfrenta para elevar a renda per capita de seus moradores foi reforçada na atualização do Produto Interno Bruto (PIB) das cidades brasileiras de 2018. Os números foram divulgados em dezembro passado. A cidade caiu uma posição regional neste indicador enquanto Guararema que estava no quinto lugar passou a ocupar o segundo posto. Arujá tem o melhor índice por habitante.
Outra notícia do PIB foi o crescimento de R$ 3,4 bilhões nas cifras geradas pelo Alto Tiete em 2018. Em 2017, a soma das riquezas e da economia regional resultou em R$ 47.9 bilhões, e um ano depois, a conta ficou em R$ 51,6 bilhões. Ou seja, o avanço da fortuna regional entre os dois anos, foi de 7,7%, em um ambiente de recessão econômica e forte desemprego.
Mogi das Cruzes segue na liderança, com um PIB de R$ 15,3 bilhões, seguida de Suzano (R$ 11,1 bilhões), Itaquaquecetuba (7,2 bilhões), Arujá (R$ 6,1 bilhões), Poá (4,6 bilhões), Ferraz de Vasconcelos (3.1 bilhões).
Na casa do 1 bilhão de reais, estão Santa Isabel (R$ 1,5 bilhão) e Guararema (1,4 bilhão). Abaixo desses valores aparecem os municípios de Biritiba Mirim, com R$ 687 mil (a cidade registrou queda no valor, em 2017, tinha uma riqueza estimada em R$ 704 milhões) e Salesópolis, com R$ 201 milhões, um superávit de R$ 2 milhões.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país, um estado e um município. Essa pesquisa é feita pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), sempre com a diferença de dois anos.
Lugares com maiores PIBs tendem a apresentar alta nos índices de desenvolvimento social e humano. Embora, para isso, auma melhor distribuição de renda seja fator primário.
Por meio do PIB se chega à renda per capita, obtida a partir da divisão entre a riqueza do lugar e o número da população que reside nele.
Guararema em alta
A disposição das cidades do Alto Tietê em função da renda per capita mudou em 2018 porque Guararema saltou do quinto lugar, em 2017, para o segundo lugar, no ano seguinte, quando esse valor foi de R$ 47.9 mil.
O PIB da cidade banhada pelo Rio Paraíba do Sul subiu de R$ 900 para R$ 1,413 bilhão.
Com esse salto, Mogi das Cruzes, com uma renda de R$ 34,9 mil por habitante, caiu do quarto para o quinto lugar.
Arujá manteve a liderança com R$ 69 mi. Poá ficou em terceiro lugar (R$ 39,9 mil), Suzano em quarto (R$ 37,8 mil), Mogi, em quinto, como dissemos acima, Santa Isabel em sexto (R$ 27,7 mil), Biritiba Mirim, em sétimo (R$ 21,3 mil), Itaquaquecetuba em oito, R$ 19,6 mil), Ferraz de Vasconcelos, em novo, R$ 16,3 mil) e Salesópolis, em décimo, com R$ 11,8 mil).
Desafios
Se os números dos bens e da movimentação do dinheiro nas cidades aponta para um sustentável crescimento no Alto Tietê, já a renda por pessoa mostra aos prefeitos e gestores públicos o tamanho da desigualdade regional. Temos cidades mais ricas, porém, com uma desigual divisão dos recursos entre seus moradores.
Quando foram divulgados os números do PIB no ano retrasado, a este jornal, o então diretor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Claudio Costa, alertava para a necessidade de se qualificar o mercado de trabalho local, com o folhar focado na elevação da renda salarial dos mogianos, e assim a balança destoante quando se compara Mogi com outras cidades da vizinhança poderia ser calibrada. Bem, daí vieram dois anos, sendo que um dele, marcado por uma gravíssima crise sanitária.
No ano que vem, as mudanças impostas pela pandemia da Covid-19 ainda não serão conhecidas porque o PIB a ser anunciado em 2021 refere-se ao ano de 2019.
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