Salesópolis, Guararema, Biritiba têm as maiores taxas de letalidade por Covid
A comparação entre os índices de letalidade por Covid-19 mostra o tamanho do desafio dos secretários e prefeitos municipais de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê neste início de ano. É previsto para os próximos dias, por causa das aglomerações do final de ano, um aumento dos casos. As diferenças entre as taxas de […]
Reportagem de: O Diário
A comparação entre os índices de letalidade por Covid-19 mostra o tamanho do desafio dos secretários e prefeitos municipais de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê neste início de ano. É previsto para os próximos dias, por causa das aglomerações do final de ano, um aumento dos casos. As diferenças entre as taxas de morte mundial, e no Brasil, apontam para falhas dos municípios no enfrentamento de problemas como a rápida testagem e o acesso ao serviço hospitalar. No Mundo, a taxa de letalidade pela doença provocada pelo coronavirus é 1,9%; no Brasil, 3,2%. Em Mogi das Cruzes, esse número é de 4,7%, ou seja, mais do que o dobro do total de mortes no mundo.
Os piores indicadores regionais são encontrados nas menores cidades, onde as redes hospitalares são precárias: em Guararema, esse percentual é de 6,1%, Salesópolis, 5,9% e Biritiba Mirim, 5,9%. Entre as cidades maiores, inclusive com um hospital de referência, o Santa Marcelina, aparece Itaquaquecetuba, com 6,2%.
A menor taxa está em Ferraz de Vasconcelos, 3%, a única abaixo da média brasileira. Completando o giro, em Suzano, 3,8% dos infectados morrem, em Arujá, 3,8% Santa Isabel, 4,5%, e em Poá, 4,6%.
Os dados são da Fundação Seade e permitem ainda comparar a situação de cidades com o mesmo perfil populacional de Mogi das Cruzes, por exemplo, com outras cidades. Em Taubaté, esse índice está em 2,5%, São Jose dos Campos, 2,1%, Jundiaí, 2,8%, Sorocaba, 2,4% e Ribeirão Preto, 3,1%.
Um das dificuldades em se ampliar o tratamento e cura da Covid-19 é o rápido comprometimento dos órgãos em pacientes mais idosos ou que possuam outras comorbidades como diabete e doenças cardíacas e pulmonares.
Esses índices tornam obrigatória a tomada de medidas comprometidas e técnicas dos prefeitos empossados ontem para ampliar a margem de testagem da doença – especialmente nos próximos dias por causa da expectativa de uma expansão do contágio – e a busca ativa e o tratamento rápido, dos pacientes que podem ter os quadros de saúde agravados.
Além disso, outra necessidade será aparelhar melhor as cidades menores ou com poucos recursos na área de serviços hospitalares – estão entre esses municípios os maiores índices de letalidade da Covid-19..
É previsto para os próximos dias, o anúncio de uma ação regional para o atendimento hospitalar caso uma alta de casos. Uma das ideias é a manutenção de um hospital regional de campanha, como divulgou O Diário, algumas semanas atrás.