Sinalização chega à Estrada Velha de Sabaúna: obra encerra espera de 15 anos
Uma divulgação feita pela Prefeitura nesta semana, sobre a instalação das placas de sinalização na avenida Romilda Pecorari Nor, a popular Estrada Velha de Sabaúna, encerra uma espera da sociedade mogiana somada em menos 15 anos, quando a Prefeitura iniciou a pavimentação do acesso entre César de Souza e o distrito. Antes, o traçado era […]
Reportagem de: O Diário
Uma divulgação feita pela Prefeitura nesta semana, sobre a instalação das placas de sinalização na avenida Romilda Pecorari Nor, a popular Estrada Velha de Sabaúna, encerra uma espera da sociedade mogiana somada em menos 15 anos, quando a Prefeitura iniciou a pavimentação do acesso entre César de Souza e o distrito. Antes, o traçado era de terra. Em 2008, o governo municipal iniciou a colocação do asfalto, em obra orçada, à época em R$ 1,3 milhão: porém, uma cara e prejudicial negligência marcaria a execução do projeto que saiu do chão sem as canalizações para a drenagem pluvial. O resultado foi o esfarelamento do manto de piche tão esperado para sanar os danos deixados na travessia periférica em poucas semanas após a entrega dos trabalhos no governo do ex-prefeito Junji Abe.
Desde a entrega da obra, reclamações, queixas e iniciativas como a cobrança da obra malfeita na Promotoria Pública e Câmara Municipal, marcaram a convivência com a estrada velha que, nesse período, ganharia notoriedade por se tornar parte da Rota da Luz. Os prefeitos subsquentes, Marco Bertaiolli e Marcus Melo não mexeram nesta estrada. Apenas serviços paliativos foram tocados.
A Estrada Velha possui alguns sítios, casas e paisagem rural emoldura por vegetação e a estrada ferroviária que recebe, algumas vezes, o apito dos trens de carga, e integra a rota religiosa planejada para receber peregrinos com destino ao Santuário Nacional de Aparecida.
A ideia do governo do Estado durante mandato de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente do País, foi incentivar o uso dessa alternativa ao invés da rodovia Presidente Dutra, uma passagem mais perigosa (e fatal para alguns dos caminhantes atropelados e mortos durante o ritual de fé). Por ela, os romeiros competem pelo espaço com carros e caminhões. Ainda hoje, no entanto, a Dutra recebe a maior parte dos devotos de Nossa Senhora.
A Estrada Velha permaneceu com depressões, remendos, buracos e o carimbo de obra malfeita e má exemplo administrativo durante 15 anos, até um acordo firmado entre a Prefeitura e o DER em 2022 para repavimentar os quase 7 quilômetros que ligam os dois distritos.
O principal, ali, era criar o sistema de drenagem para “domar” os filetes de água que escorrem, quando chove, para o Córrego Guararema.
O asfalto e demais etapas foram concluídas no final de abril. O resultado beneficiará os moradores, motoristas em deslocalomento entre os distrito, os perigrinos no início do caminho para a Aparecida, além dos centenas de ciclistas, corredores e caminhantes.
O secretário de Infraestrutura Urbana de Mogi das Cruzes, Alessandro Silviera, aponta os ganhos para a mobildiade e mira os dividendos econômicos com o atendimento a empresas e ao polo turístico de Sabaúna.
“Esta obra é muito importante porque além de beneficiar os motoristas e as pessoas que usam o transporte coletivo, traz mais facilidade no acesso até Sabaúna, local com grande potencial turístico e rota de ciclistas”, afirma em publicada da Prefeitura.
Entre os serviços listados pela gestão municipal estão a drenagem subterrânea, implantação de canaleta, aplicação de duas camadas de pavimento em toda a extensão da via, e a sinalização de trânsito, com placas e pintura de solo.
Após quase 15 anos de atraso, o custo da recuperação também cresceu: segundo a Prefeitura foram gastos R$ 12 milhões no acesso que possui 6,7 quilômetros.
A obra faz parte do mesmo pacote que está levando o asfalto à estrada da Volta Fria, entre a Ponte Grande e o distrito de Jundiapeba, ao custo de R$ 53 milhões (veja qui).
Problema semelhante
A mesma situação da estrada velha de Sabauna vive a avenida Miguel Gemma, entre o Socorro e o Conjunto Toyama: a via foi duplicada e, também, sem a infraestrutura para drenagem, pena com o aparecimento constante de buracos e depressões.
Desde os anos 2010, quando cobrado, o governo municipal afirma que estuda soluções, mas até o momento, ainda não foi priorizada a recuperação da via que também exigirá tratamento semelhante ao dado à avenida Romilda Pecorari Nor.
A sequência de prefeitos que governaram Mogi desde aquela época não tornou a melhoria dessa rota como prioridade.