Tradicionais cerejeiras de Mogi começam a florescer; veja fotos
O frio do inverno chegou com tudo em Mogi das Cruzes e demais cidades da região. Com a vinda da estação, cerejeiras da cidade, como as localizadas na sede do Bunkyo, no bairro da Porteira Preta, começam a florescer. O fenômeno, que dura pouco dias, é um convite para uma pausa em meio às notícias […]
Reportagem de: O Diário
O frio do inverno chegou com tudo em Mogi das Cruzes e demais cidades da região. Com a vinda da estação, cerejeiras da cidade, como as localizadas na sede do Bunkyo, no bairro da Porteira Preta, começam a florescer. O fenômeno, que dura pouco dias, é um convite para uma pausa em meio às notícias negativas.
Coberto de simbologia, o florescer das cerejeiras significa também o ‘renascer’ para a cultura japonesa. As flores das árvores têm longas raízes históricas e culturais na terra do sol nascente, onde anunciam a primaveira. Elas duram poucos dias, mas a efemeridade é enxergada como um símbolo de vida, morte e renascimento.
O presidente Frank Tuda, lembra a história da árvore no Bunkyo de Mogi das Cruzes: “Elas foram plantadas aproximadamente em 2006. Foram plantadas para as festividades do Akimatsuri daquele ano” – que é um dos festivais mais tradicionais da comunidade japonesa do Estado de São Paulo. É realizado no município desde 1986, pelo Bunkyo, e costuma atrair milhares de visitantes, além de expositores de produtos agrícolas.
“Plantamos em média cerca de 600 mudas. Hoje, cerca de 480 mudas sobreviveram”, conta ele. O resultado é uma vista bonita para todos os visitantes do local nesta epóca do ano.
“A florada de cerejeira significa beleza feminina, simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança”, aponta Frank. Com o avanço da vacinação no Estado de São Paulo, a esperança hoje é para que os casos de Covid-19 continuem em queda.
O presidente continua e cria uma metáfora, aplicando o florescer ao atual momento vivido pelo mundo todo. “Elas podem ser um simbolo para todos nós contra essa onda de Covid-19”.
O Bunkyo, inclusive, é um dos pontos de vacinação contra a Covid-19 na cidade, a pedido da Prefeitura de Mogi. Deve continuar sendo utilizado até o final do ano, “mas possivelmente vamos prorrogar”, explica Tuda.
Cabe lembrar que até a manhã desta quinta-feira (22) Mogi das Cruzes já havia aplicado 273.751 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 204.942 primeiras doses, 58.894 segundas doses e 9.915 doses únicas. Quem tiver alguma dúvida também pode ligar no telefone 160. Nesta quarta-feira (21/07), os leitos ocupados estão em 31,2,8% (enfermaria) e em 40,9% (UTI).
A simbologia rica das cerejeiras foi trazida também para Mogi das Cruzes, com a chegada dos imigrantes há 113 anos, dando novas cores aos jardins urbanos da cidade.
Mogi é repleta de exemplares, é possível encontrar árvores de cerejeira espalhadas em diversos espaços públicos de Mogi, tais como no Largo Shangai, nas rotatórias em César de Souza e Vila Rubens, no Terminal Rodoviário e até em jardins particulares.
No entanto, uma das maiores concentrações de cerejeiras em Mogi está localizada no resort Club Med Lake Paradise, em Jundiapeba, que exibe um percurso com mais de 200 árvores de cerejeiras.
Redutos japoneses como a Praça dos Imigrantes, Parque Centenário e na Associação Cultural de Mogi – Bunkyo são outras localidades onde há grande número dessas belíssimas árvores em Mogi.
Caracteristicas
No Brasil o florescimento é no fim de julho e começo de agosto. Toda a beleza das flores dura pouco tempo, uma média de dez dias.
As cerejeiras japonesas são imponentes. De fato, pode chegar a alcançar os 5 metros de altura e seu tronco os 3 metros em seu diâmetro.