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“Vai ser bem complicado”, avalia presidente do Condemat após regressão no Plano SP

A fase (3) amarela do Plano São Paulo volta a vigorar em todo o Estado conforme anúncio feito nesta segunda-feira (30) pelo governador João Doria. Novas restrições passarão a valer nas cidades, como ressalta a direção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Permanecem liberadas as atividades atuais, mas o funcionamento novamente está […]

30 de novembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A fase (3) amarela do Plano São Paulo volta a vigorar em todo o Estado conforme anúncio feito nesta segunda-feira (30) pelo governador João Doria. Novas restrições passarão a valer nas cidades, como ressalta a direção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Permanecem liberadas as atividades atuais, mas o funcionamento novamente está limitado a 10 horas/dia e a capacidade de atendimento não pode ultrapassar 40%.

LEIA TAMBÉM: Mogi é um dos “municípios em estado de atenção” pelo Governo do Estado

“Vai ser bem complicado e os prefeitos terão de contar muito com a compreensão das pessoas porque estamos num período em que normalmente o funcionamento dos estabelecimentos é ampliado e a movimentação de consumidores é maior. Os indicadores mostram o avanço da pandemia e essas restrições são necessárias para evitar medidas mais drásticas. Esse entendimento que teremos de trabalhar com a população e isso não será fácil”, avalia o presidente do Condemat, o prefeito Adriano Leite, de Guararema, em resposta a regressão..

O decreto com as mudanças apresentadas na atualização do Plano SP deve ser publicado nesta terça-feira (01). 

O Estado anunciou que seis cidades das 10 cidades que integram o Alto Tietê estão em alerta por conta das altas nas internações e poderão ter outras medidas adotadas a partir de uma reunião que o governador fará com os prefeitos nesta terça-feira para discutir medidas adicionais. Os municípios são Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Arujá, além de Guarulhos na região. Eles integram o grupo de 62 cidades com mais de 70 mil habitantes e que apresentam ocupação média de leitos acima de 75% ou aumento de internações em mais de 10%, na comparação dos últimos sete dias com o mesmo período anterior.

“Das nossas cidades que estão em alerta, a maioria tem uma pressão grande nos indicadores porque abriga os hospitais com internação de paciente Covid-19 e essa reunião com o Estado vai ser importante para definir estratégias conjuntas de atendimento e para controlar o avanço dos casos. É fundamental o esforço coletivo neste momento para evitar que medidas mais restritivas sejam necessárias”, ressalta o presidente. 

Das restrições impostas para a fase amarela, o presidente do Conselho de Prefeitos ressalta que mais uma vez serão necessários sacrifícios de empresários e da população, num momento que alguns setores começavam a reagir.

Segundo a atualização do Plano SP apresentada hoje, com data de referência em 28/11, o indicador de internações é o que coloca a Grande São Paulo na fase amarela, com uma variação de 1,05% superior nos últimos sete dias e média de 48,4 registros para cada 100 mil habitantes. A ocupação dos leitos de UTI é de 58,5%.

A Grande São Paulo registra, ainda, uma variação de 0,88 nos casos novos e de 1,0 em óbitos, com média de 3,9 mortes para cada 100 mil habitantes. Especificamente no Alto Tietê, que é a segunda maior região depois da Capital, a variação é de 0,86 nos casos novos e de 1,3 nos óbitos, com 3,8 mortes para cada 100 mil habitantes. Desde março, são 59.015 casos confirmados e 3.183 óbitos, conforme estatística estadual (esses números não consideram Santa Branca).

Além da restrição de horário e capacidade, na fase amarela o funcionamento dos estabelecimentos fica limitado até 22 horas e estão proibidos os eventos com público em pé.

“Nas últimas semanas já temos alertado para o aumento das estatísticas e as equipes municipais estão reforçando as ações. A partir da publicação do novo decreto e dessa reunião com o governador poderemos articular outras medidas para conter o avanço da contaminação pelo coronavírus”, conclui Leite. 

E Mogi das Cruzes? 

“Aguardamos a publicação do decreto, pois no momento só temos as informações divulgadas no anúncio feito pelo Governo Estadual. Mogi das Cruzes tem respeitado e cumprido as regras estabelecidas pelo Plano São Paulo, entretanto existem especificidades que foram adequadas e readequadas ao longo do tempo na fase amarela. Caso não haja a publicação do decreto nesta terça-feira, publicaremos um decreto de acordo com a interpretação das últimas regras estabelecidas para esta fase”, explicou o responsável pelo Comitê Gestor, Juliano Abe.

Em nota, o Comitê ressalta que o uso de máscaras, o fornecimento de álcool em gel por parte dos estabelecimentos comerciais, o distanciamento mínimo de 1,5m entre cada pessoa e a observância ao protocolo sanitário de cada segmento mantêm-se obrigatórios.

“A decisão da Prefeitura de Mogi das Cruzes no mês de novembro, baseada nos dados de evolução epidemiológica, na capacidade de absorção do sistema de saúde e no monitoramento das informações de países europeus e outras cidades brasileiras em manter suspensas as aulas presenciais no sistema público e privado de educação infantil, fundamental e médio, se mostrou acertada. O cenário que vivenciamos hoje, talvez, poderia ter sido evitado, caso o Estado de São Paulo tivesse tido a mesma cautela e precaução adotada pela cidade de Mogi e demais cidades do Alto Tietê.” complementou Abe.

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