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Lideranças políticas de Mogi defendem como prioridade a reunificação do País

As lideranças de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê afirmam que o momento agora é de reconhecer o resultado das eleições, acalmar os ânimos e focar na unificação do País, que saiu muito dividido dessas eleições. Para os políticos da região, esse vai ser o maior desafio do novo presidente da República, Luiz Inácio […]

5 de novembro de 2022

Reportagem de: O Diário

As lideranças de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê afirmam que o momento agora é de reconhecer o resultado das eleições, acalmar os ânimos e focar na unificação do País, que saiu muito dividido dessas eleições. Para os políticos da região, esse vai ser o maior desafio do novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comandará o Brasil nos próximos quatro anos.  

Eles estão otimistas com a eleição de Tarcísio de Freitas (REP) para o governo do Estado e acreditam que o Alto Tietê vai ter uma atenção especial do governo, por isso se preparam para seguir em frente com pautas propositivas, projetos e investimentos necessários para o desenvolvimento da região. A expectativa é de que o apoio que o republicano teve de todos os prefeitos e deputados locais seja revertido em obras e projetos prometidos às cidades durante a campanha. 

Os temas foram tratados em entrevistas aos jornalistas Darwin Valente e Josué Suzuki, no programa transmitido ao vivo pelo canal do YouTube de O Diário, no domingo (30), durante a apuração dos votos. Foram entrevistados o prefeito Caio Cunha (PODE), os deputados federais Marco Bertaiolli (PSD), Márcio Alvino (PL) e Rodrigo Gambale (PODE), e o estadual Marcos Damasio, que falaram a respeito das expectativas deles sobre os vitoriosos no segundo turno.

Para o prefeito Caio Cunha, a vitória de Tarcísio de Freitas, que disputou o cargo com Fernando Haddad (PT), “foi um alívio” para a gestão dele, porque o republicano prometeu prosseguir com os investimentos anunciados pelo atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) em diversas áreas como infraestrutura viária, habitação, saúde e outras. 

Além de cancelar o projeto que previa a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra, Caio disse espera que o governador determine a reabertura do Pronto Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo,  amplie o número de leitos, faça as reformas das estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), construa a alça de acesso entre a rodovia Ayrton Senna e o distrito industrial do Taboão, entre outras demandas. Também almeja negociar com o novo governo a formalização de um convênio para custeio da maternidade de Braz Cubas, estimada em R$ 4 milhões por mês.

O deputado federal Marco Bertaiolli, que está sendo até cogitado para assumir uma secretaria no futuro governo, também enxerga em Tarcísio “possibilidades grandes para a cidade”. Além do PS do Luiza, a expectativa é de que o novo chefe de Estado agilize e “tire do papel projetos na área de mobilidade urbana, como as reformas e melhorias na acessibilidade das quatro estações ferroviárias mogianas da CPTM – Jundiapeba, Braz Cubas, Centro e Estudantes -, e também cumpra a promessa de instalar uma quinta estação em Sabaúna”, como ele prometeu avaliar durante  a campanha do segundo turno. 

Quanto ao Lula, Bertaiolli avalia que “a grande necessidade do presidente agora é ter a sabedoria, humildade, comprometimento, empatia para que possa unir o Brasil, através dos governadores dos estados, independentemente dos partidos”.

O deputado estadual Damasio acredita que o PL terá papel importante nesse processo de reunificação do país e não prevê problemas de relacionamento entre governos federal e estadual, que ficaram em lados opostos na disputa. E também aposta na abertura de diálogo entre o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, e Lula. 

Ele também informa que pretende atuar como “o porta voz da região” junto ao governo do Estado para viabilizar as pautas prometidas para Mogi e Alto Tietê por Tarcísio de Freitas,  como a continuidade das obras de pavimentação de estradas como a Volta Fria e das vicinais que atendem o distrito industrial do Taboão. Na área de segurança, uma das reivindicações é a instalação de uma base do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar em Jundiapeba. 

Da mesma forma, o deputado federal Márcio Alvino, também do PL, ressalta que é preciso acalmar os ânimos. Segundo ele, o Partido Liberal, que elegeu 99 deputados federais, mesmo como oposição, vai ter um papel importante nesse processo de reunificar e ajudar a garantir a governabilidade do País. 

“O PL é o maior partido do País hoje e tem uma responsabilidade muito importante com toda a nação. No meu modo de pensar, temos que nos concentrar em pautas importantes para geração de emprego e renda, reforma tributária, e as várias reformas necessárias para gerar receita e emprego para a nossa população”, declara. 

Ele prevê que o governo Lula seguirá nessa linha de desenvolvimento econômico e social e alega que um dos fatores positivos para o petista é o fato de Geraldo Alckmin (PSB) ser o seu vice-presidente, “pelo tom moderado e experiência de quatro vezes como governador de São Paulo”. 
O deputado federal do Podemos, Rodrigo Gambale, disse que o partido dele deve ter independência e não deve fazer oposição sistemática ao governo do presidente Lula, apenas pelo fato de ter apoiado a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). 

Mesmo assim, o atual deputado estadual que se elegeu para a Câmara Federal nessas eleições acredita que o futuro governo do petista terá dificuldade para aprovar projetos e enfrentar resistência de parlamentares bolsonaristas, que já declararam oposição ao presidente eleito.     

“Quando vejo muitos deputados apoiando oposição apenas pela oposição, acho que quem perde é o país e a população. Temos sempre que ter conversa, diálogo sobre projetos e estar do lado correto da história e das ações, votar favorável ao que é bom e contra o que é ruim. Me pauto sempre por isso e o Podemos sempre dá essa liberdade”, conclui.

 

Expectativas de setores econômicos 

Representantes de setores econômicos de Mogi e região avaliam que as questões tributárias devem ser tratadas como prioridade pelos governos eleitos. A busca por ações que promovam a reindustrialização e a inovação da indústria paulista e brasileira é o que espera o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê do presidente eleito Lula e do futuro governador Tarcísio de Freitas. A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) avalia que questões tributárias devem ser prioridade.
Para o Ciesp, os investimentos nessas metas são urgentes no momento em que o Brasil caminha para a retomada econômica. José Francisco Caseiro, diretor da entidade, ressalta que o Estado e o País vêm perdendo competitividade no mercado mundial, em parte pelas políticas macroeconômicas que desestimulam novos negócios no país, que concentra uma das maiores cargas tributárias do mundo. 
As reformas administrativas, segundo ele, precisam ser efetivadas junto com ações que possam viabilizar linhas de crédito e investimento para a indústria. 

A presidente da ACMC, Fádua Sleiman, avalia que o comércio precisa de ações que colaborem para a recuperação do setor no pós-pandemia. No âmbito nacional, a entidade aguarda as reformas administrativas. A alta carga tributária paulista está no centro das atenções da ACMC, que defende também a revisão da política de substituição tributária do Estado, “que onerou, especialmente, os pequenos empresários”, avaliou. Ela defende ainda a ampliação do teto do Simples, para reduzir a informalidade.

 

 

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