Lixo seco não é separado do lixo úmido na coleta de Mogi
O lixo seco e o úmido são coletados sem separação em Mogi das Cruzes desde o início desta semana. A Prefeitura afirma que busca derrubar a decisão em liminar da Justiça de Mogi das Cruzes que suspendeu o chamamento publico para a contratação de nova cooperativa para a separação dos materiais recicláveis. Até amanhã (20), […]
Reportagem de: O Diário
O lixo seco e o úmido são coletados sem separação em Mogi das Cruzes desde o início desta semana. A Prefeitura afirma que busca derrubar a decisão em liminar da Justiça de Mogi das Cruzes que suspendeu o chamamento publico para a contratação de nova cooperativa para a separação dos materiais recicláveis. Até amanhã (20), os materiais que se acumulavam na Central de Triagem da Vila São Francisco deverão ser retirados do local. Depois disso, a unidade deverá permanecer desativada até uma solução para o problema.
Segundo a Prefeitura, Mogi das Cruzes reciclava cerca de 2 toneladas de materiais por dia. A Justiça apura denúncia sobre ilegalidade na contratação feita pela administração municipal.
O Diário divulgou nesta semana que a central usada para a triagem dos materiais como plástico e papelão estava com o lixo acumulado após a Recibrás Cooperativa dos Recicladores do Brasil, que atuava no setor, ser informada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente que deveria deixar de administrar o local (leia aqui).
A Recibrás questionou, na Justiça, o resultado da contratação realizada pelo governo municipal.
Após dois dias de espera por informações sobre o futuro da coleta seletiva, a reportagem recebeu na tarde desta sexta-feira (19) uma resposta da Prefeitura, confirmando que o lixo seco e o úmido estão seguindo sem separação para o destino final deste o início desta semana.
A gestão cumpre liminar que suspendeu o chamamento público para contratação do serviço de cooperativa no Centro de Triagem (entenda o caso aqui).
O lixo a ser reciclado que estava na unidade que funciona na Vila São Francisco foi retirado do local, “exceto o material que já havia sido triado”.
Na quinta-feira (18), segundo a gestão, integrantes da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal conversaram com cooperados que permanecem no espaço, “os quais se comprometeram a finalizar, até sábado (20), os trabalhos de enfardamento de resíduos triados anteriormente, pois têm valor de venda, o que é importante para o pagamento daqueles que trabalharam no processo”.
Sobre a alteração na coleta do lixo seletivo, a Prefeitura afirmou que “respeita e segue os mecanismos legais e lamenta que a população de Mogi das Cruzes seja afetada”.
O assunto também foi levado ao Ministério Público, “que está ciente e concorda que, para não causar maiores impactos à população até que haja uma decisão, os resíduos recicláveis estão sendo coletados com o lixo comum (seguindo os dias de coleta)”.
Por mês, segundo balanço apresentado pela Recibrás, que operava no local até o último dia 13, Mogi das Cruzes recebia 42 toneladas de lixo, sendo cerca de 2 toneladas/dia.
A Prefeitura realizou o chamamento público para contratar a prestação dos serviços. Mas, o processo foi suspenso após o juiz Bruno Miano acatar denúncia sobre irregularidade no valor do contrato apresentado pela vencedora, a Rede Cata Sampa.
A gestão informa ainda que avalia a adoção de “medidas jurídicas que possam garantir celeridade à retomada da coleta seletiva e triagem de resíduos”.
Até lá, o projeto de reciclagem deverá permanecer suspenso, embora, a coleta dos materiais nos dias reservados para o lixo seco continue sendo cumprida nos bairros da cidade.