Loja de tecidos alaga em Mogi menos de um ano após incêndio
O incêndio que atingiu a loja de tecidos, localizada na rua Barão de Jaceguai, em Mogi das Cruzes, completará um ano em abril, mas uma nova tragédia acometeu o mesmo empreendimento familiar após a forte chuva da tarde desta quinta-feira (13). O comércio, que ano passado precisou se mudar para outro imóvel na mesma rua, […]
Reportagem de: O Diário
O incêndio que atingiu a loja de tecidos, localizada na rua Barão de Jaceguai, em Mogi das Cruzes, completará um ano em abril, mas uma nova tragédia acometeu o mesmo empreendimento familiar após a forte chuva da tarde desta quinta-feira (13). O comércio, que ano passado precisou se mudar para outro imóvel na mesma rua, sofreu com vários pontos de infiltrações intensas, provocando o alagamento da loja. Vários materiais expostos para venda foram danificados. A proprietária afirma não ter noção da dimensão do prejuízo por enquanto, mas garante que a perda de quase meio milhão que o incêndio causou ainda não havia sido recuperada.
O triste evento chega a emocionar a proprietária Marcela dos Santos Santana, 21, que junto da família toma conta do empreendimento. Em entrevista a O Diário, Marcela mostrou vídeos durante a chuva desta quinta (13) onde é possível observar água jorrando de vários pontos do teto, inclusive através nas lâmpadas do imóvel.
“Ficamos tão impactados com o prejuízo do incêndio, que ontem (13), eu nem pensei na minha segurança. Tentei salvar todos os tecidos que podia, tirando do chão, tirei os móveis de lugar. Só depois que eu percebi o perigo que eu estava correndo com a água jorrando do teto de gesso”, conta a proprietária, aterrorizada com a situação em que ela observava a loja ao redor. No chão do local, inúmeros pedaços do teto que caíram se acumularam junto às poças de água da chuva.
Segundo relato de Marcela, no período de abril de 2021 até janeiro desse ano, a família não chegou perto de recuperar o prejuízo estimado em aproximadamente meio milhão. Mesmo recebendo o apoio através de vaquinha coletiva criada após o incêndio, os lucros ainda estavam muito baixos se comparado ao que tinham no espaço maior.
O medo agora está em como solucionar o estrago do imóvel e as perdas dos materiais que seriam vendidos.
“Ainda é muito cedo para eu conseguir dizer o tamanho do prejuízo, porque preciso avaliar peça por peça. Mas eu já entrei em contato com a imobiliária para fazer queixa do estrago no imóvel causado pela chuva. O retorno que eu tive é de que não poderiam fazer nada por mim e ressaltaram que as reparações seriam cobridas pelo seguro”, lamenta Marcela.
O Diário fez contato com a imobiliária responsável pelo prédio da Barão de Jaceguai e foi informado de que as providências já estão sendo tratados diretamente com o proprietário. Uma das medidas, de acordo com o corretor de imóveis Milton Abdalla, foi o envio de um profissional para avaliar a situação e fazer os reparos necessários. “Tudo tem uma solução”, foi a resposta sobre os danos nas mercadorias da loja.
O retorno da imobiliária aos proprietários do estabelecimento causa ainda mais incertezas, pois ainda estão sem uma previsão de quando será feito as reformas no espaço para retomada das vendas.
“Estamos desesperados. A sensação é a mesma de quando a outra loja pegou fogo e perdemos tudo. Esse lugar é fruto de sustento para toda a minha família e é angustiante não ter uma resposta concreta sobre como iremos solucionar o estrago que aconteceu aqui”, relata a proprietária, abalada.
O reparo feito na loja através de profissional enviado pela imobiliária foi a troca de duas telhas. De acordo com Marcela, responsável pelo imóvel não foi apresentou solução sobre os prejuízos nas mercadorias além do reparo do telhado até o momento de publicação desta reportagem.